A intempérie de 1 janeiro de 2023, que deixou um rastro de destruição avaliado em mais de 13 milhões de euros no concelho de Caminha, voltou a ser tema na última reunião do executivo camarário que teve lugar na passada quarta-feira dia 7 de agosto. A Coligação O Concelho em Primeiro – OCP, pela voz da vereadora Liliana Silva, voltou a falar no assunto, desta vez para acusar a Câmara de não fazer “esforço nenhum” para recuperar os danos e resolver a vida das pessoas que foram afetadas pelo fenómeno meteorológico que deixou em suspenso a vida de muitos caminhenses.
Segundo aquela vereadora, de um total de 1 milhão e 475 mil euros, a Câmara recebeu até ao momento da CCDR-N, para fazer face aos estragos provocados pela intempérie, cerca de 900 mil euros mas apenas gastou 825 mil. “Nem o dinheiro da CCDR-N utilizaram na totalidade, é caso para dizer que no fundo a Câmara até lucrou com a intempérie”, disse.
Mas perante esta inércia, Liliana Silva lembra que há muitas pessoas no concelho que ainda não têm os seus problemas solucionados.
Preocupada com a situação, a vereadora disse que em causa estão dinheiros públicos e pessoas que estão a ser prejudicadas desde janeiro de 2023.
Para além de não ter gasto a totalidade da verba entregue pela CCDR-N, a vereadora Liliana Silva garantiu que existem outros valores no contrato programa que a Câmara deveria ter recebido durante o presente ano de 2024, “mas como não fez esforço nenhum para recuperar os danos, o que se sabe é que ainda não houve mais valores pagos”.
A eleita da oposição lembrou que ainda existem muitos espaços danificados por reparar e não entende a lentidão com que as coisas estão a ser feitas por parte da autarquia caminhense. “Para mim isto é incompetência pura porque há pessoas que estão a ser prejudicadas”, afirmou.
Perante esta situação, a vereadora da oposição desafiou a Câmara de Caminha a ir de uma vez por todas para o terreno fazer o que ainda falta fazer e resolver a vida das pessoas.
Rui Lages, presidente da Câmara de Caminha, mais uma vez não respondeu nem deu qualquer explicação às questões levantadas pela vereadora Liliana Silva.