O concelho de Caminha é hoje notícia de primeira página no Jornal de Notícias (JN) a propósito de uma reportagem publicada naquele diário que refere que as “Receitas da maioria dos serviços de águas não cobrem os custos”.
Na notícia refere que “a maioria dos serviços de águas e saneamento não tem receitas para cobrir os seus custos e só 37,7% das 233 entidades gestoras de abastecimento de águas às populações. e 23,7% das 227 responsáveis pelos esgotos não o conseguem. A maioria está sob pressão para agregar-se e aumentar as tarifas”.
Refere ainda aquele jornal que “as 60 entidades com mais baixas taxas de recuperação nos dois serviços são as câmaras municipais”.
Segundo o presidente da Associação Portuguesa de Distribuição de Drenagem de Águas, Rui Godinho, citado na notícia do JN, “a ineficiência é um grave problema politico que urge resolver” recusando a ideia de que as agregações abrem caminho a privatizações. Aquela Associação apela a mais agregações.
Em 2020 nasceu a Águas do Alto Minho, constituída pela Águas de Portugal e por um conjunto de municípios entre os quais o de Caminha
Em declarações ao JN o Presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves, sublinha que não tinha alternativa senão aderir “face a um défice tarifário de um milhão de euros, perdas de 40%, incapacidade para acorrer a avarias ou fugas (chegava a demorar 3 semanas) e sem acesso a financiamento comunitário para reabilitar redes”.
Miguel Alves “admite que foi duro, porque implicou um aumento significativo das tarifas, na ordem dos 40%”, reconheceu.