Os três responsáveis dos municípios que constituem a “Eurocidade da Foz do Minho” reuniram-se em Julho em Caminha. Rui Lages (Caminha), Roberto Carrero (A Guarda) e Ánxela Fernández Callís (O Rosal) tiveram oportunidade de debater formas de operacionalizar algumas das prioridades deste novo organismo, que tem por objetivo estabelecer sinergias e fortalecer os laços entre as comunidades, com vista ao desenvolvimento dos municípios e da região.
“A Eurocidade resulta da vontade dos autarcas, mas sobretudo do que é a nossa interpretação do interesse das nossas populações, que aliás é muito claro: há uma grande proximidade, culturas partilhadas e temos a certeza de que juntos somos mais fortes. Cabe-nos, enquanto políticos, transformar esta vontade e esta proximidade em ferramentas realmente capazes de alavancar os nossos territórios. Os municípios sufragaram a Eurocidade e é nela que estamos a trabalhar em contínuo”, explicam os três autarcas.
Recorde-se que a criação da “Eurocidade da Foz do Minho” mereceu, em meados de junho último, a aprovação unânime do Executivo caminhense, tendo sido confirmada a seguir pela Assembleia Municipal.
Na altura foi também aprovada uma “Declaração de Interesse para a Criação da “Eurocidade da Foz do Minho”, onde se defende a importância da cooperação transfronteiriça enquanto um instrumento válido para alcançar uma maior unidade entre cidadãos europeus, capaz de facilitar projetos e ações que tenham efetiva incidência entre Caminha, A Guarda e O Rosal, tendo em vista o desenvolvimento dos três municípios e o consequente benefício que isso trará aos seus habitantes.
Caminha: Eurocidade Foz do Minho é a única sem ponte a unir as margens
A Eurocidade Foz do Minho é a única sem ponte a unir as duas margens (entre Caminha e A Guarda – Espanha), e o Ferry encontra-se parado há mais de 3 anos, desde Outubro de 2021. Recorde-se que, na Assembleia Municipal do passado dia 19 de Abril, o Bloco de Esquerda sugeriu o desmantelamento do Ferry Boat Santa Rita de Cássia. Posta à votação, a recomendação do BE acabaria por ser chumbada pela maioria socialista e a abstenção da bancada da Coligação O Concelho em Primeiro.