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Quinta-feira, 10 Outubro, 2024
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Caminha: BE defende o desmantelamento do “empecilho” em que se converteu o ferryboat Santa Rita de Cássia

Uma “sucata inútil sem futuro”, um “empecilho”, foi desta forma que o deputado do Bloco de Esquerda (BE), Abílio Cerqueira, se referiu ao ferryboat Santa Rita de Cássia que há 4 anos se encontra ancorado no cais sem funcionar.

O deputado bloquista não acredita que a embarcação, com quase 30 anos, possa voltar a navegar e a assegurar a ligação entre as duas margens, e por isso apresentou, na última reunião da Assembleia Municipal que se realizou na passada sexta-feira, uma recomendação à Câmara para que esta proceda “com urgência” ao desmantelamento ou remoção do “ferryboat”, enquanto este ainda tem capacidade para flutuar e algum valor para vender na sucata.

 

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Abílio Cerqueira não tem dúvidas que mais tarde ou mais cedo, uma destas opções terá que ser tomada pela Câmara. Isso mesmo pode ler-se na recomendação do BE enviada à imprensa, uma vez que o deputado não teve tempo de a ler na íntegra.

“Não temos dúvidas de que uma destas hipóteses, ou mesmo um misto de ambas, vai acabar por suceder. Qualquer uma das hipóteses deverá acarretar despesa para o Município, pelo que se torna urgente que se verifique qual a forma de remoção que acarretará menos despesa e, eventualmente, até da possibilidade de se obter algum ganho financeiro, pelo menos agora, enquanto a corrosão ainda não impede a embarcação de se manter à tona. Por isso, a urgência em se diligenciar enquanto existe possibilidade de opção, uma vez que daqui em diante, cada dia que passa, as opções reduzem-se e os custos aumentam”, frisou.

“Independentemente do cumprimento da promessa eleitoral por parte do Partido Socialista sobre a compra de um outro “ferryboat” elétrico e mesmo independentemente da promessa eleitoral da coligação “O Concelho Em Primeiro” sobre a ponte, a única coisa que aqui e hoje é certa para os caminhenses é que o “ferryboat” não vai voltar a cumprir a sua função ligando as duas margens do Rio Minho, e isto tem de ser assumido desde já, para que seja minimizado este novo prejuízo aos caminhenses”, acrescentou.

Posta à votação, a recomendação do BE acabaria por ser chumbada pela maioria socialista e a abstenção da bancada da Coligação O Concelho em Primeiro.

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