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Terça-feira, 29 Abril, 2025
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Caminha: Caminhos de Santiago com falta de promoção e cuidado por parte da autarquia – Liliana Silva

O Caminho Português da Costa que atravessa o concelho de Caminha em direção a Santiago de Compostela está “mal cuidado e sem promoção” por parte da Câmara Municipal. O reparo foi feito pela vereadora da Coligação o Concelho em Primeiro (OCP), Liliana Silva, na reunião de Câmara que se realizou ontem à tarde no Salão Nobre dos Paços do Concelho. Segundo a eleita da oposição, os caminhos não estão a ser mantidos limpos, a sinalização é “parca” e muitos peregrinos estão a ser desviados para Espanha graças à grande aposta que está a ser feita na outra margem. Esta fuga está a causar grandes constrangimentos aos operadores que investiram do lado português desde Caminha até Valença.
“Urge olhar com a atenção devida para este sector que fez passar mais de 50 mil pessoas e um retorno financeiro de mais de 16 milhões de euros”, disse. 
Em resposta, o presidente da Câmara garantiu que os caminhos de Santiago são “uma grande aposta” para o município.
Liliana Rcc 19 Março
Liliana Silva, que por diversas vezes tem abordado este assunto, informou ter reunido com vários operadores que lhe manifestaram preocupação pela forma como o caminho está a ser promovido no concelho.
Certificado desde 2022, Liliana Silva considera que o Caminho Português da Costa deveria ser motivo de orgulho para todos e por isso não percebe a falta de interesse da Câmara. “Ao contrário do que se passa no lado espanhol, em Caminha não há qualquer estratégia”, apontou.
Esta “falta de estratégia e de promoção” está, segundo a vereadora da oposição, a criar muitos problemas e constrangimentos a toda a indústria do turismo que gira à volta dos caminhos de Santiago.
Como exemplo da falta de interesse da autarquia, a vereadora fez referência às “cinco linhas” que a Câmara dedica ao caminho na sua página na internet sem sequer informar que se trata de um caminho certificado que continua até Valença. “É uma informação que nunca é atualizada e que convida os peregrinos a passarem para Espanha quando o que o que devia fazer era incentivá-los a seguir até Seixas e Lanhelas”, disse.
Segundo a vereadora, a câmara aparece na página do Xacobeo Transfer (barco) como parceira daquele projeto e embarcação, uma situação que também mereceu o seu reparo, por considerar que deve ser o peregrino a escolher por onde quer ir. No entanto cabe à Câmara uma estratégia de promoção que faça com que eles optem por fazer o caminho Português da Costa até Valença, em vez de passarem para Espanha.
A falta de limpeza e de sinalização foi outro dos reparos feitos pela eleita da Coligação.
Aos operadores turísticos, que passam as pessoas que pretendem ir para Espanha, Liliana Silva defende melhores condições para o fazerem com maior segurança. Não obstante, segundo a eleita, deve fazer-se uma promoção séria do Caminho Português mostrando aos peregrinos tudo o que de bom o concelho tem para oferecer de Âncora a Lanhelas.
Liliana Silva a reivindicar um olhar mais atento para o caminho de Santiago que passa por Caminha e que no ano passado registou mais de 50 mil pessoas e um retorno financeiro de mais de 16 milhões de euros.

Caminhos de Santiago são uma “grande aposta” deste Município garante Rui Lages

Rui Lages Rcc 19 Março

Em resposta à intervenção da vereadora da oposição, o presidente da Câmara garantiu que os caminhos de Santiago foram, são e vão continuar a ser “uma grande aposta” para o município de Caminha e prova disso foi a certificação do Caminho Português da Costa. Além deste existem outros que a Câmara quer promover e certificar, como revelou.
Quanto à sinalização do caminho, Rui Lages admitiu alguns constrangimentos, nomeadamente em relação à sinalização não oficial que vai sendo colocada por alguns agentes locais. A Câmara garante já ter alertado as autoridades e defende que o itinerário do caminho no concelho é desde Âncora até Lanhelas e não outro. “É esse que nós apoiamos, que nós defendemos e promovemos”, disse.
Relativamente a um possível protocolo ou colaboração com uma qualquer operadora marítimo turística que se dedica a passar peregrinos para o outro lado do rio, Rui Lages garantiu que ela não existe. “São privadas e não são licenciadas pela Câmara”, acrescentou.
Apesar de não ter qualquer responsabilidade nem poder nesta matéria, Rui Lages diz estar, em conjunto com a Capitania do Porto de Caminha, a tentar ordenar aquele serviço procurando espaço único e comum onde as mesmas possam operar.
Rui Lages a deixar a garantia que, para a Câmara, os Caminhos de Santiago são “muito importantes”.
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