A mobilidade intercarreiras de alguns funcionários da Câmara de Caminha, nomeadamente uma funcionária em concreto, Sofia Loução, que é também presidente da Junta da União de Freguesias de Venade e Azevedo, suscitou algumas dúvidas e levantou algumas questões à vereadora da oposição Idalina Fernandes na última reunião de Câmara.
A eleita da Coligação O Concelho em Primeiro (OCP) perguntou quais tinham sido os critérios para a “subida meteórica” de escalão da funcionária em causa, que passou de assistente técnica para técnica superior, depois de num anterior concurso ter chumbado. No ar ficou uma pergunta: “será que esta ascensão teve a ver com o facto da funcionária em causa ter sido eleita presidente da Junta de Freguesia pelo Partido Socialista?”
Em resposta às dúvidas da vereadora o presidente da Câmara começou por referir que o caso em concreto apresentado não era único e que existiam outras “ascensões meteóricas de outros funcionários” que também concorreram e subiram de escalão. Rui Lages lamentou que a vereadora tenha pegado num caso concreto de uma funcionária para abordar esta temática e que tenha dado a entender que está subjacente uma questão politico-partidária.
Relativamente às “insinuações” feitas pela vereadora da OCP, Rui Lages disse que não passam disso mesmo, “insinuações” e por isso recusou fazer mais comentários.
Em resposta, a vereadora Idalina Fernandes disse ter ficado elucidada de que “a mobilidade é uma competência exclusiva do presidente da câmara com base em critérios puramente subjetivos” e voltou a questionar se haveriam mais funcionários para ocupar a mesma posição. Rui Lages confirmou a existência de mais trabalhadores com as mesmas competências a requerer mobilidade, neste setor e em outros.
Excertos da última reunião do executivo camarário.