“As relações transfronteiriças ente Caminha e A Guarda vão de mal a pior”, afirmou o presidente da Câmara de A Guarda, Roberto Carrero, na cerimónia de apresentação de candidatura de Liliana Silva à Câmara de Caminha que decorreu no passado sábado no Teatro Valadares. Esta afirmação vem contrariar aquilo que tem vindo a ser dito pelo presidente da Câmara de Caminha, Rui Lages, que afirma existir um bom entendimento e diálogo entre os dois autarcas.
Convidado a estar presente, o autarca galego do PP defendeu “mais ligação” entre as duas margens, e não poupou críticas ao seu homólogo de Caminha a quem acusou de se preocupar apenas com fotografias e aparecer nas redes sociais. As críticas ao Partido Socialista foram muitas e direcionadas tanto à Câmara de Caminha com ao Governo de Pedro Sanchez. Para Roberto Carrero os socialistas são sectários, porque quando estão no poder não têm em conta as reivindicações dos outros partidos, algo que afirma sentir na pele já que é o partido socialista que governa em Espanha.
O alcaide de A guarda começou a sua intervenção referindo que caminhenses e guardeses partilham uma história comum e laços económicos, lembrando que Vila Praia de Âncora terá sido criada por portugueses e galegos. O autarca do outro lado do rio Minho saudou Liliana Silva, “a próxima presidente da Câmara Municipal de Caminha”, disse.
O autarca de A Guarda justificou a sua presença em Caminha não só para apoiar a candidatura da sua amiga Liliana Silva, mas também porque acredita que “todos juntos podemos medrar muito mais” e tirar Caminha da “letargia permanente em que vive, da perda de população e falta de ideias”, disse.
Para o autarca Galego é evidente a degradação das relações transfronteiriças entre a Caminha e A Guarda, referindo que antes havia muito mais relação e uma maior conexão, graças à ligação fluvial que deixou de existir. Para Roberto Carrero é imprescindível uma ligação rodoviária constante entre as duas margens. “É uma questão de vontade política”, afirmou.
Para o autarca do outro lado do rio, a situação está como está porque nos últimos anos Caminha não teve autarcas preocupados com o concelho e as suas freguesias, mas sim pessoas que só se preocupam em aparecer nas fotografias e nas redes sociais.
As críticas de Roberto Carrero estenderam-se ao Governo espanhol liderado pelo socialista Pedro Sanchez, a quem acusou de não apoiar a Galiza e muito menos A Guarda. “Para eles quando pior melhor”, atirou. Para o Alaide guardês os governos socialistas “são sectários”.
Para Roberto Carrero as eleições autárquicas que se realizam em Portugal no próximo mês de Setembro vão não só determinar o futuro de Caminha, “um futuro que só pode mudar com o voto em Liliana Silva“, concluiu.
Roberto Carrero, presidente da Câmara de A Guarda, a manifestar total apoio a Liliana Silva, candidata do PSD à Câmara de Caminha nas próximas eleições autárquicas.
