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Quinta-feira, 28 Março, 2024
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Arcos de Valdevez: Ex-aluna do Politécnico de Viana do Castelo conquista mercado com carteiras de luxo sustentáveis

Inspirada no estilo minimalista francês, a jovem Eliana Barros lançou em março deste ano a Ownever. Depois de ter estudado Design do Produto no Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) e ter trabalhado em marketing digital durante quatro anos, a jovem decidiu arriscar e criar a própria marca com base na sustentabilidade. Com um design intemporal, as carteiras feitas por artesãs já conquistaram muitos homens, que as compram para oferecer. O sucesso do projeto levou Eliana Barros a lançar recentemente uma nova linha de produtos de reparação e manutenção para cuidar das carteiras e peças em pele. O próximo passo é a internacionalização.

 

Sempre foi uma apaixonada pela área do design e depois de ter concluído a licenciatura na Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do IPVC e ter trabalhado na área do marketing, Eliana Barros decidiu despedir-se e criar a própria empresa. “Depois de pensar e trabalhar no projeto lancei a Ownever, conseguindo juntar aquilo que sempre gostei à experiência profissional que, entretanto, adquiri”, contou a jovem empreendedora, tendo como ponto de partida a sustentabilidade e o design intemporal dos produtos.

Com o slogan “reparar é amar”, Eliana Barros conseguiu encontrar uma “nova forma” de trabalhar os acessórios. “Todo o projeto tem por base a utilização, por exemplo, de algodão orgânico, que vai a proteger as carteiras. Além disso, usamos tudo em papel, de preferência em papel reciclado”, contou a empresária, adiantando que as malas “são fabricadas especialmente para o cliente para não haver desperdício, ou seja, a encomenda é efetuada e só depois é confecionada e assim nunca há desperdício”, assegurou Eliana Barros, adiantando que também está a trabalhar em peças mais pequenas para conseguir “reutilizar os excedentes de pele”. A aposta na recuperação de peças também é outra área de trabalho da nova marca.

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Com a assinatura da sustentabilidade, a ex-aluna de Design do Produto da ESTG-IPVC aposta em “modelos simples e que nunca passam de moda”. Eliana Barros inspira-se no estilo francês, até porque acredita que se usarmos jeans com uma t-shirt básica, “uma mala incrível pode fazer toda a diferença no look”. Por saber que os acessórios “podem fazer mesmo toda a diferença” no look feminino, a jovem optou por uma marca de acessórios em vez de criar uma linha de roupa.

Apesar de ser a única a trabalhar na Ownever a tempo inteiro, Eliana Barros conta ainda com a colaboração das artesãs, da zona de Braga, que confecionam os produtos e outras pessoas que “vão ajudando em áreas mais específicas e de forma mais pontual”.

Apesar da fase “muito complicada” que se atravessa, o feedback tem sido “muito positivo. “Já tenho alguma visibilidade a nível nacional o que é muito bom e conto com uma média de cerca de 70 publicações sobre a marca”, agradeceu.

Os principais clientes são homens, o que acabou por surpreender a empresária. “Uma grande parte do público é masculino. Os homens compram uma mala de qualidade para oferecer às esposas, namoradas e mães”, explicou a jovem, confirmando que “os homens dão muita atenção ao que é bem feito e à qualidade do produto e identificam-se com a marca”.

Todas as propostas da Ownever estão à venda na loja online da marca e as carteiras feitas à mão oscilam entre os 260 e os 550 euros.

A pensar ainda na sustentabilidade, Eliana Barros lançou no início deste mês uma linha de produtos de cuidado e limpeza da pele com base em água e cera de abelha. “Estes produtos podemos usar em casa para cuidar e hidratar a pele das malas”, sublinhou a empresária, destacando que os produtos são direcionados para limpar pele, reparar peles pretas e peles de todas as cores.

A internacionalização é o grande objetivo da marca, que agora quer dar “mais um passo” nesse sentido. “A internacionalização é o caminho”, assumiu Eliana Barros, revelando que “talvez venha aí um novo produto de uma nova cor”. Mas a empresária garantiu que vai manter os produtos existentes e apenas lançar uma coleção especial ou limitada. “Se assim não for, perde-se a essência da marca”, justificou.

 

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