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Sábado, 10 Maio, 2025
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Caminha: Câmara impõe regras a quem alimenta animais errantes na via pública

Oposição está contra e acusa a autarquia de "querer sacudir a água do capote" de uma responsabilidade que é sua

A Câmara de Caminha aprovou, com os votos contra da Coligação O Concelho em Primeiro (OCP), uma proposta que estabelece várias regras para quem cuida dos animais errantes na via pública, nomeadamente gatos. Para o município, as normas estabelecidas visam “garantir a convivência salutar entre os munícipes e os animais que também habitam no concelho, através da realização de medidas que promovam a qualidade de vida e o bem-estar animal, o respeito pelo animais e o seu tratamento responsável e digno”, lê-se na proposta.

Por seu lado a oposição considera que estas normas só servem para afastar as pessoas que de forma voluntária tratam dos animais e é uma forma da Câmara se desresponsabilizar e passar o ónus para as pessoas que gostam dos animais e os tratam a expensas próprias.

 

Para Liliana Silva fica por perceber, com estas normas, por exemplo, em nome de quem fica o chip que é obrigatório colocar nos animais.

 

Segundo a vereadora as normas a que estão obrigados os cuidadores informais dos animais, a quem cabe entre muitas outras obrigações alimentar estes animais a expensas próprias e manter as colónias, não são admissíveis. “Eu repito, isto é uma obrigação do município, não pode ser do cuidador informal, é de lei”, afirmou.

A questão do seguro foi outra das preocupações deixadas pela vereadora da oposição.

 

Já quanto às competências do município, além da obrigação de pagar o chip dos animais, poucas mais tem, como sublinhou Liliana Silva.

 

Logo que teve conhecimento destas normas a implementar pela Câmara, a vereadora da OCP reuniu com a Associação Selva dos Animais Domésticos a quem pediu uma opinião.

 

Após manifestar a sua opinião a vereadora propôs que a proposta fosse retirada, que se reunisse com a Associação Selva dos Animais Domésticos e que se acautelassem todas as situações que não constam na proposta e têm que estar”.

Normas visam evitar problemas de saúde pública – Câmara de Caminha

Com uma opinião diferente, o executivo liderado pelo partido socialista insistiu em manter a proposta, referindo que o que a Câmara pretende com a mesma é “harmonizar e organizar aquilo que vai acontecendo no concelho de Caminha”.

Segundo a vereadora Liliana Ribeiro “as normas não foram feitas de ânimo leve e foram consultadas as pessoas que no concelho trabalham com os animais.”

 

De acordo com aquilo que diz ser a legislação, “a Câmara entendeu criar uma norma onde todos possamos trabalhar em conjunto”.

 

A vereadora socialista fez ainda questão de referir que as normas não pretendem proibir as pessoas de alimentar os animais.

 

Posta a votação, a proposta, que ainda não está disponível no site do município, acabaria por ser aprovada com os votos favoráveis da maioria socialista.

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