Almas que emocionalmente fora de si, engodam em qualquer patranha e são alvo do escárnio desses pescadores, engalanados na imagem mediática.
“Quando alguém nasce, nasce SELVAGEM, não é de ninguém”*. O Robalo da Ínsua não se deixa aprisionar nas malhas de qualquer rede, e apenas o isco certeiro no anzol, e na rebentação das marés mais revolvas, logra engodá-lo.
O mesmo não podemos dizer das almas que emocionalmente fora de si, engodam em qualquer patranha e são alvo do escárnio desses pescadores, engalanados na imagem mediática que os nossos impostos, direta ou indiretamente, pagam.
Entre a Euforia do Engano que Engravatados Encantados Espalham e, o Êxtase dos Energúmenos que Ensandecidos Exclamam Estupidezes, resta-nos Entender o Entediante Espetáculo do Enterro da Ética.
Naquele dia em o homem social aceitou que a ética fosse amortalhada na lei e concedeu a uns poucos eleitos o privilégio desta interpretar e de administrar a justiça, confundindo ambas à luz dos interesses vigentes, condenou-se ao exílio no seu próprio país, no seu próprio mundo.
Esse homem exilado na própria sociedade na qual vive, porque evita infringir a lei da qual apenas teme as consequências, é um apátrida desprotegido e encurralado, pelos “senhores à força, mandadores sem lei” **.
Que opções tem então esse ser (anti)-social, desalinhado das militâncias políticas, das agremiações económico-empresariais, ou das seitas pitagóricas ou autoflageladas?
O que resta a esse apátrida cuja nação há muito deixou de viver com alguma réstia que fosse, de ética, respeito, responsabilidade e empatia?
Será opção fazer de conta que não vê, que não lê, que não ouve, que não sabe e meter a “cabeça entre as orelhas” ***?
Será opção Engrossar a Endemia desses Energúmenos?
“Vemos, Ouvimos e Lemos, Não Podemos Ignorar!” ****
*Delfins **Zeca Afonso ***Sérgio Godinho ****Sofia de Mello Breyner
Sexta-feira, 16 de Fevereiro de 2024
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