As obras do mercado municipal de Caminha e de requalificação de uma casa social no bairro dos pescadores de Vila Praia de Âncora foram dois dos temas que a coligação O Concelho em Primeiro (OCP) incluiu na ordem de trabalhos da Assembleia Municipal (AM) extraordinária realizada no passado dia 11 de Abril.
Os deputados da coligação pretendiam ver discutidos estes dois assuntos mas um erro na proposta, que não incluía “Apreciação e Discussão” nestes dois pontos inviabilizou a sua análise mais detalhada. Assim, a OCP apenas teve oportunidade de fazer uma apresentação sucinta onde colocaram algumas questões sobre estas obras que não obtiveram resposta.

Relativamente ao Mercado Municipal, o líder da bancada da coligação, Jorge Nande, apenas teve oportunidade de fazer uma interpelação à mesa lamentando que a documentação que poderia ser impressa em A4 não tivesse sido entregue em papel, sublinhando que num outro ponto os documentos estavam em duplicado. Quanto ao estado em que se encontra a obra do mercado, nada se ficou a saber.

Isabel Dias, da OCP, colocou várias questões ao executivo sobre a obra de requalificação de uma casa social no bairro dos pescadores em Vila Praia de Âncora. A deputada questionou os valores gastos na intervenção.
“55 mil euros + IVA num total de 68 mil euros para remodelar uma casa de 40 m2, onde se coloca duas ou três janelas, uma ou duas portas, uma cozinha com 5 metros lineares, uma pequena remodelação na casa de banho, pintar paredes e refazer um piso num mosaico e pouco mais… É inaceitável. O m2 desta pequena remodelação custou o montante de 1700 euros, muito acima do m2 de uma construção aplicada na nossa zona.”, disse.
A agravar toda esta situação, diz Isabel Dias que a casa recentemente remodelada já apresenta sinais de degradação.
“Sabemos que a casa com poucos meses de remodelação já tem paredes a descascar e humidade. Perguntamos que obra foi esta e se já ativaram a garantia da obra para que possa voltar a pintar a casa e solucionar o problema”, questionou.
Uma vez que estes assuntos não puderam ser discutidos, Jorge Nande criticou a intransigência do presidente da mesa da Asembleia, Manuel Martins, e fez saber que os irá incluir em próxima Assembleia Municipal Extraordinária.