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Sexta-feira, 29 Março, 2024
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Inaugurado Centro de Interpretação do Castro do Vieito, em Perre

A Câmara Municipal de Viana do Castelo inaugurou o Centro de Interpretação do Castro do Vieito, que resulta dos achados encontrados durante a construção da A28 e da A27. O novo Centro, que abriu portas na antiga Escola das Portelas, visa preservar, valorizar e musealizar a área arqueológica e resulta de um trabalho de parceria entre a autarquia, a junta de freguesia, a Universidade de Coimbra e o Museu D. Diogo de Sousa.

O Castro do Vieito, localizado na margem direita do rio Lima, insere-se na Serra de Perre ocupando uma pequena colina envolvida nas vertentes do vale do ribeiro de Portuzelo – Outeiro, e é um povoado fortificado do tipo tradicional com médias dimensões, disposto em patamares devido ao escalonamento do terreno. Tem um sistema defensivo assente em duas muralhas, reforçadas por um fosso do lado norte e complementado por um torreão.

A escavação do sítio, que ocorreu entre 2004 e 2005, correspondeu a cerca de 15000 m2, e demonstrou que a povoação atingiu o seu auge durante o período tibero-claudiano (meados a finais do I séc. a.C.), onde apresentou maior densidade de habitação, evolução técnica e conforto em todos as suas vertentes económicas e culturais.

Foi um povoado de grandes contatos com o exterior, como se pode verificar pela grande quantidade de material importado (grande quantidade de ânforas). O rio Lima constituía uma via de comunicação por excelência para o transporte de mercadorias. A existência de metais e consequente exploração na zona também teve grande importância para os habitantes deste castro.

Perante os achados, foi decidida a musealização através do Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal, da Universidade de Coimbra e do Museu D. Diogo de Sousa, sendo que foram encontrados vários artefactos de valor, designadamente uma tranqueira em pedras com a forma de uma cabeça humana, diversas ânforas, cerâmica, moedas de prata, brincos e outros objetos de adorno, alfaias agrícolas, entre outros.

Estas e outras descobertas constam agora do Centro de Interpretação e dispõe de duas salas expositivas que abordam o Castro e a sua história, os habitantes, o quotidiano doméstico, o trabalho da pedra, a decoração da cerâmica castrejas e o trabalho dos metais.

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