Os problemas levantados pela Junta de Freguesia de Vila Praia de Âncora nas últimas Assembleias Municipais continuam por resolver e por isso aquela autarquia voltou a falar deles na última reunião daquele órgão realizada no passado dia 29 de junho.
Questões como o trânsito na rua 31 de Janeiro; a ponte da Cruz Velha, os pisos danificados em várias artérias e o estado “vergonhoso” em que se encontram as zonas ajardinadas da EM 13, são alguns problemas “que se arrastam há vários meses sem que até ao momento tenham tido uma solução”, acusa a junta de freguesia. Na última reunião da Assembleia Municipal o presidente da Junta de Freguesia, Carlos Castro voltou a fazer várias chamadas de atenção.
“Sr. Presidente da Câmara de Caminha, hoje mais uma vez vou questioná-lo sobre vários assuntos que já se arrastam há demasiado tempo e que em nada enobrecem Vila Praia de Âncora e os ancorenses. Há um ano foi aprovado em reunião de Câmara e Assembleia Municipal, a postura de alteração de trânsito na rua 31 de janeiro e Mesquita da Silva em Vila Praia de Âncora, perante isto pergunto se vamos passar mais um verão sem que esta postura seja implementada”.
Para quando está prevista a avaliação técnica que foi solicitada “várias vezes” pela Junta de Freguesia, à estrutura da Ponte da Cruz Velha, foi outra das questões deixadas pelo presidente da Junta de Freguesia. “Está à espera que aconteça ali algum acidente grave ou fatal para o fazer”, questionou.
Para quando a pavimentação dos pisos afetados pelas últimas intempéries, nomeadamente a Rua do Calvário e Rua da Retorta, foi outro dos assuntos abordados pelo autarca da freguesia de Vila Praia de Âncora, bem como o problema do coletor que passa em direção ao mar no lugar das Camboas.
Segundo Carlos Castro “trata-se de um coletor principal que drena toda a água proveniente da bacia de infiltração da A28, de uma boa parte das antigas pedreiras, da rua da Sandia, Rua 5 de Outubro lado norte, e de toda a área da superfície comercial “Continente”. Este coletor, para além de estar partido em vários lados, encontra-se atulhado, o que em dias de mau tempo pode originar problemas ao entrar em carga causando inundações”, alertou.
A falta de manutenção dos espaços verdes, nomeadamente rotundas, canteiros, entradas na vila entre outros, também mereceram críticas por parte de Carlos Castro.
“Neste aspeto o executivo a que o senhor preside bate todos os recordes pela negativa. Gostava de saber o que se passa com o troço da EN 13 que está sob a jurisdição da Câmara de Caminha. Será que o mesmo está esquecido e abandonado?”, questionou.
Câmara continua à espera das verbas do Governo para resolver problemas causados pela intempérie de janeiro
Em resposta à intervenção do presidente da Junta de Freguesia de Vila Praia de Âncora, o presidente da Câmara deu algumas informações relativamente aos assuntos abordados.
“Relativamente às questões levantadas pelo senhor presidente da junta de freguesia de Vila Praia de Âncora, gostava de elucidar que muito brevemente, ainda durante o mês de julho, será concretizada a postura de trânsito que foi aprovada para estacionamento na rua 31 de janeiro”, avançou.
Quanto à EN 13, Rui Lages informou que “a Câmara já deu inicio à limpeza naquela estrada e continuará no decorrer das próximas semanas. Aliás quando sair desta reunião em direção a Vila Praia de Âncora, poderá verificar isso mesmo, a partir do Hotel Porta do Sol para sul esse trabalho está a ser feito”, disse.
No que respeita à questão das intempéries, Rui Lages admitiu que é um problema que existe no território, lembrando o “compromisso” por parte do Governo que já deveria ter disponibilizados financiamento para as autarquias procederem às obras, coisa que até ao momento ainda não aconteceu.
“Efetivamente o Governo comprometeu-se a fazer chegar às autarquias que tiveram estragos, no mês de junho, financiamento para fazer face aos prejuízos, mas até ao momento esse dinheiro não entrou nos cofres da Câmara, sendo certo que há duas semanas tivemos uma equipa de técnicos da CCDR-N que juntamente com os técnicos municipais fizeram a deslocação aos locais que mais danos sofreram por forma a averiguarem se o que estava no papel correspondia ao que estava no terreno. Constataram que sim pelo que neste momento estamos à espera de parecer positivo para que possamos avançar em todas as freguesias afetadas”, disse.