A direção executiva do Serviço Nacional de Saúde anunciou hoje uma reorganização das urgências de psiquiatria, mantendo a presença física noturna no Porto, Lisboa e Coimbra e aumentando as respostas diurnas em Guimarães, Viana do Castelo e Cascais.
Esta reorganização “mantém as respostas existentes em presença física noturna (Porto, Lisboa e Coimbra), aumenta as respostas em presença diurna (Guimarães, Viana do Castelo e Cascais) e ainda permite uma resposta de proximidade em regime de prevenção distribuída por praticamente todo o território nacional”, adiantou à Lusa o organismo liderado por Fernando Araújo.
“No seu conjunto, a segurança dos cuidados às situações urgentes é reforçada por esta resposta em rede”, salientou ainda a direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS) criada este ano pelo Governo para coordenar a resposta assistencial aos utentes.
A DE-SNS justificou a reorganização com o facto de ser “importante para as urgências de psiquiatria estandardizar procedimentos em todo o país, definir e manter consistente a rede de pontos de acesso do SNS e estabilizar os critérios de referenciação”.
Com isso, a equipa do médico Fernando Araújo pretende garantir a “proximidade, a equidade e a segurança, numa resposta que seja do conhecimento das instituições, dos profissionais de saúde, do INEM e SNS24 e dos utentes e familiares, com previsibilidade e qualidade”.
A direção executiva salientou ainda que o plano para a resposta dos hospitais públicos às situações de urgência de psiquiatria está alinhado com a reorganização dos serviços de psiquiatria e saúde mental que tem estado a ser desenvolvida ao longo dos últimos anos, prevendo uma maior ligação com os cuidados de saúde primários e com as estruturas da comunidade, através da constituição de equipas comunitárias de saúde mental.
Para os hospitais, “está a haver um reforço significativo do número de psicólogos nos serviços de psiquiatria e saúde mental”, adiantou a DE-SNS.
Além disso, as 20 equipas comunitárias já constituídas ou em fase avançada de constituição, com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência, envolvem a contratação de 25 psicólogos e as 20 que serão implementadas nos próximos dois anos permitirão a contratação de mais 30 psicólogos para os Serviços Locais de Saúde Mental, avançou.
“Finalmente está a ser concluída a contratação de 40 psicólogos para os cuidados de saúde primários, um processo que durou mais de quatro anos”, assegurou a DE-SNS, que reconheceu a “necessidade de mais psicólogos na rede, pois o seu desempenho está associado a uma melhoria da resposta aos problemas da saúde mental”.