Apesar do anúncio da criação de um Centro de Atividades Ocupacionais (CAO) no concelho de Caminha, feito ontem pelo presidente da Câmara Municipal e pelo presidente da APPACDM, como forma de colmatar o anunciado encerramento do CAT Benjamim, as trabalhadoras daquela resposta social decidiram manter a vigília com vista à sua manutenção marcada para hoje ao final da tarde.
Em comunicado, as trabalhadoras do CAT consideram que ainda é possível “salvar” o CAT Benjamim desde que haja “vontade política”.
“Por isso, a vigília mantém-se mesmo com a garantia de que o senhor Presidente não estará presente”.
Assim e tal como tem vindo a ser anunciado, o início da vigília está marcado para as 19 horas junto ao Remo, percorrendo de seguida algumas artérias do centro histórico de Caminha, terminando na Praça Conselheiro Silva Torres.
“Comunicado
A Câmara Municipal de Caminha através do seu Presidente, acompanhado pelo presidente da APPACDM de Viana do Castelo, vieram hoje comunicar a todos os trabalhadores do CAT, após reunião do CLAS efectuada também hoje, a criação de um CAO (conforme noticiado hoje pelo Município de Caminha). Esta deliberação ocorreu pelos votos unânimes dos parceiros. Também foi dito pelo presidente da Câmara que a resposta social CAT teria os seus dias contados visto que, nenhuma IPSS se mostrou interessada em agarrar a causa, atendendo a que em primeiro lugar o protocolo existente pertence à APPACDM e que esta tem toda a legitimidade para o canalizar para outra resposta. Além disso seria um novo projeto, o que torna mais difíceis as possibilidades de viabilização desta resposta social. Ou seja, qualquer IPSS que quisesse agarrar o CAT teria que concorrer a um novo protocolo cujo financiamento não está garantido. Contudo os trabalhadores acreditam ainda que é possível salvar o CAT se houver vontade política. Por isso, a vigília mantém-se para amanhã mesmo com a garantia que o Senhor Presidente da Câmara não estará presente.
Seixas, 26 de Março de 2018
Os trabalhadores do CAT.”