De acordo com o analista da TeleTrade Ilya Frolov (https://www.teletrade.eu/pt), os principais índices de Wall Street subiram quase duas décimas de percentagem quando a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou finalmente o projecto de lei sobre o limite da dívida. O que muitos interpretaram como o maior elefante na sala do mercado acabou por ser um pequeno veado ou uma sombra insignificante, que simplesmente obscureceu a agenda principal.
Por um lado, um estado anteriormente suspenso do problema do limite da dívida poderia desviar a atenção da multidão dos problemas reais, incluindo os riscos de recessão. Por outro lado, um estado anteriormente suspenso do problema do tecto da dívida poderia desviar a atenção da multidão dos problemas reais, incluindo os riscos de recessão, o que poderia mesmo salvar as carteiras de investimento de movimentos súbitos, incluindo novas e prematuras depreciações de acções individuais e gráficos de índices, durante um período prolongado. Agora, aproxima-se o momento decisivo e muitos no mercado podem não gostar quando as acções de ambos os lados da lagoa derem sinais de correcção.
O índice S&P 500 recuou quase 50 pontos em relação aos seus últimos 4.234,50 máximos anuais nesta terça-feira. O índice Dow Jones Industrial Average (DJIA) começou a cair muito antes disso, uma vez que não tinha um remédio para as acções de alto risco para o curar de quaisquer más viagens entre os seus principais componentes. Os índices europeus não estão a conseguir aproximar-se dos seus máximos de finais de Maio.
Por outro lado, alguns pontos mais relacionados com a economia e dignos de notícia podem finalmente vir à tona, o que poderia formar um ambiente de mercado mais saudável, acredita o analista da TeleTrade. O índice Xetra DAX da Alemanha iniciou a sua sessão de negociação no primeiro dia de Junho com uma subida de 0,7%, em resposta aos dados chineses. A actividade industrial indicada por um inquérito privado de renome melhorou mais do que o esperado, nomeadamente o Índice de Gestores de Compras PMI da indústria transformadora Caixin, que se situou em 50,9, melhor do que a previsão consensual de 50,3, o que poderia ser já um passo em frente em comparação com os 49,5 de Abril.
Entretanto, as agências oficiais de Pequim apresentaram uma publicação mais fraca a meio da semana. Assim, mais investigações deram uma injecção de esperança para uma recuperação mais rápida na região asiática. A China é um parceiro comercial crucial do Velho Mundo. Esta é também uma importante indicação da resistência da economia global às preocupações com a recessão. Além disso, os números das vendas a retalho na Alemanha subiram 0,8% numa base mensal, após um declínio de 2,4% em Abril. Boas notícias, embora o consenso dos especialistas esperasse que as vendas aumentassem 1,0%, a corrida anual ainda poderia ser resumida numa queda de 4,3%.
O Índice de Preços no Consumidor (IPC) na área do euro desceu de 7,0% para 6,1%, contra as expectativas de 6,3%, enquanto o núcleo do barómetro inflacionista (sem componentes alimentares e energéticos) apresentou apenas um aumento de 0,2% no último mês, o que poderá fazer com que o Banco Central Europeu veja o panorama geral de uma forma mais positiva. O IPC mensal global manteve-se inalterado, não mostrando qualquer impulso adicional pela primeira vez desde Janeiro, tendo depois variado entre 0,6% e 0,9% por mês. Outra questão é saber se os preços de retalho temporariamente limitados podem ter um impacto positivo ou negativo nas margens das empresas, o que pode depender fortemente da percentagem dos custos nos preços no consumidor.
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Ilya Frolov, Chefe de Gestão de Portfólio, TeleTrade
