Sudoku Killer, projecto de Caterina Palazzi estará no Liceo Mutante em Pontevedra no dia 19 de Abril pelas 20h30 (hora local).
A banda, liderada pela contrabaixista Caterina Palazzi, nasceu em Roma em 2007. Todos os músicos deste ensemble musical vêm de experiências artísticas complementares, desde o jazz ao rock e à música experimental.
Em entrevista com Caterina Palazzi sobre os Sudoku Killer, referiu que” a sonoridade é mais de fusão entre psicadélica / jazz / noise, não sendo uma banda de improvisação”, com composições próprias “cada tema tem entre dez e quinze minutos”
Sobre o último disco “Asperger”, é uma forma de autismo. Aparentemente, não tem relação com o conteúdo do álbum, que é inspirado nos filmes da Disney. “Mas, como tradição da banda, o título deste terceiro álbum antecipa o conteúdo do próximo álbum (que terá relações com síndromes de doenças psiquiátricas), como uma espécie de “flash forward” perpétuo (o primeiro álbum antecipou o conteúdo do segundo, o segundo título do álbum antecipou o conteúdo do terceiro…”
Sobre o conceito e definição da banda, Caterina revela que “o conceito é muito importante numa banda como os Sudoku Killer, pois é importante vincular o processo criativo como um fluxo e não como trabalhos únicos. Neste terceiro álbum, cada composição é inspirada num vilão dos filmes da Disney. A sequela do segundo álbum “Infanticide” de 2015, que é um assassinato virtual da visão infantil do mundo, com os jovens vencedores e os bandidos como perdedores, é a perda da ingenuidade pura e lúdica, que abre espaço para uma maturidade problemática, muitas vezes amarga. Este terceiro álbum descreve uma transição posterior do espírito humano, que no caos existencial e social, começa a ser atraído pelo mal. Agora, a figura do mal torna-se encantadora e não tão assustadora.”
De regresso ao álbum lançado no ano passado, o terceiro dos Sudoku Killer, “este terceiro álbum é uma evolução do segundo e é muito diferente do primeiro. As influências psicadélicas, noise e pós/rock são agora mais fortes do que a atitude jazz, e partes escritas das composições pairam sobre os raros momentos de improviso. “Asperger “é mais sombrio do que os outros álbuns.
Se existem muitas diferenças entre o trabalho de estúdio e o concerto, a resposta foi clara “Os concertos são muito parecidos com a versão de estúdio, já que não usamos o improviso. A banda concentra-se no som, na dinâmica, nas emoções, nos sentimentos, resultando numa performance de uma pequena orquestra clássica. Esta tour de “Asperger” será uma ópera cinematográfica de rock onde a música também é uma performance de teatro.”
Sobre os inícios de Caterina Palazzi: Eu comecei a tocar guitarra numa banda punk/ grunge, toda feminina, as Killer Barbies. Os Nirvana sempre serão uma das minhas grandes inspirações, mesmo agora estando a tocar um tipo diferente de música, apesar de ser diferente (dos Nirvana), a “mensagem emocional” é semelhante. Passei do punk ao jazz porque eu senti que estava realmente atraída pela ideia de “improvisação”. Mas, depois de anos envolvida com jazz e música de improviso, agora estou de volta à ideia de “composição” por ser mais estimulante do que “improv”.
E sobre a Cleen Feed, a editora que representou o seu último trabalho, “sim, é uma label portuguesa, mais da cena jazz / underground europeia, mas é uma das mais prestigiadas e importantes, por isso não está ligada só a Portugal. A propósito disso, fizemos uma tour Ibérica há dois anos, e terá sido uma das mais bonitas da história dos Sudoku Killer em doze anos de concertos, entre os mais de 600. Para nós, Espanha e Portugal são lugares especiais porque conhecemos pessoas bonitas, público e locais fantásticos para tocar.
Caterina Palazzi: Contrabaixo, Composições
Sergio Pomante: Saxofone Tenor
Giacomo Ancillotto: Guitarra
Maurizio Chiavaro: Bateria
Todas as datas da tour ibérica na imagem abaixo