A linha telefónica SNS 24 vai continuar a ser gratuita, garantiu o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, que defende que essa é uma forma de fomentar a sua utilização.
O custo das chamadas para a linha 808 24 24 24 foi anulado aquando da adoção de medidas de combate à Covid-19, mas a discussão esta tarde, na Assembleia da República, da revogação de algumas das leis criadas para responder à pandemia, tendo em conta que estes diplomas “já não são necessários”, suscitou dúvidas quanto à manutenção da gratuitidade.
“Nós precisamos que as pessoas usem a linha de saúde e não faz nenhum sentido que ela seja paga”, garantiu Manuel Pizarro em declarações aos jornalistas. “Não passa pela nossa ideia tornar remunerado o recurso” a essas chamadas, insistiu.
Entre as vantagens em manter o acesso gratuito, Pizarro mencionou que, “em alguns casos, o aconselhamento dessa linha evita a ida à urgência” e noutros “permite marcar consulta para o centro de saúde”.
A partir de abril, decorrente da promulgação da Agenda de Trabalho Digno pelo Presidente da República, “vai ser possível às pessoas fazerem uma autodeclaração de que estão doentes para obterem um atestado de curta duração”.
Este mecanismo, indicou o ministro, “vai poupar 700 mil consultas no SNS que só têm um fim burocrático, ocupam os médicos de família e não têm vantagem nenhuma”.