Eduardo Teixeira, deputado do PSD eleito por Viana do Castelo, considera que falar de coesão territorial implica falar do setor agrícola nacional. Segundo o deputado, Portugal, que regista um défice agroalimentar com o exterior de 3,5 mil milhões de euros, tem de “apostar num sector agrícola e florestal forte”.
Na interpelação ao Governo sobre Coesão Territorial, esta sexta-feira, o deputado destacou a importância do setor agrícola para a coesão económica e social.
“Falar de coesão territorial, é falar do mundo rural e da nossa subsistência agrícola. Da sua multifuncionalidade, que está hoje envolta de inúmeras críticas depreciativas, infundadas, profundamente injustas e perigosas. Injustas porque a associam, a más práticas ambientais, ignorando o enorme salto tecnológico do sector nas últimas décadas. Perigosas porque representam o crescimento de doutrinas desprovidas da realidade e das nossas raízes sociais, sem qualquer ligação ao território, potenciando o risco de abandono agrícola”, salientou.
O deputado questionou quais as medidas que o Governo pretende implementar para fortalecer este setor. “Defender o mundo rural e potenciar o desenvolvimento regional é muito mais do que um desafio, mas sim um verdadeiro desígnio nacional”, declarou.
Para Eduardo Teixeira, “o PSD ambiciona um território mais coeso, socialmente equilibrado e ambientalmente sustentável”, através de “políticas públicas amigas do ambiente e amigas do território. Porque ser amigo do ambiente é defender a valorização e a revitalização do espaço rural, com um sistema produtivo forte, dinâmico e produtivo. E com pessoas no território. A Coesão territorial tem mesmo de ser uma realidade e deve ser levada a sério, para que possa assim criar rendimento e poder de compra aos cidadãos”, referiu.
“Haja coragem política, perante tamanha tentativa de centralização e excessiva concentração que se assiste na ação deste Governo”, concluiu.