Miguel Alves, ex-secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, renunciou à liderança da Federação do Partido Socialista de Viana do Castelo, segundo avança, este sábado, o “Jornal de Notícias“.
Em comunicação aos órgãos distritais, Miguel Alves justifica a decisão com a falta de “condições políticas” para o exercício do mandato, depois de ter sido acusado de prevaricação pelo Ministério Público.
“Tendo presente os acontecimentos das ultimas semanas que levaram à minha demissão do cargo de Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, venho apresentar a minha renúncia ao lugar de presidente da Federação do PS de Viana do Castelo. É meu entendimento que não estão reunidas as condições políticas para o exercício livre do meu mandato e que o PS da Federação de Viana do Castelo poderia ver limitada a sua capacidade de intervenção no terreno e debate político”, lê-se.
Reconduzido há cerca de uma semana como líder da federação distrital, com 91% dos votos, Miguel Alves diz estar de “consciência absolutamente tranquila” da licitude dos seus atos e promete “defender a honra”.
Quase dois meses depois da nomeação como secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Miguel Alves foi acusado de prevaricação pelo Ministério Público (MP), no âmbito da Operação Teia, segundo avançou, na quinta-feira, o jornal “Observador”.
Miguel Alves demitiu-se de secretário de Estado no próprio dia.Agora, renuncia, também, à liderança da Federação do PS de Viana do Castelo.