Os deputados do PS eleitos por Viana do Castelo na Assembleia da República (AR) pediram esclarecimentos ao Governo sobre o enquadramento das particularidades do comércio transfronteiriço no Alto Minho e da mobilidade profissional até à reabertura das fronteiras terrestres, prevista para 15 de junho.
Numa pergunta dirigida ao ministro da Economia os deputados do PS Marina Gonçalves, Anabela Rodrigues e José Manuel Carpinteira alertam para os “impactos significativos para a vida em sociedade e para o tecido empresarial e económico” decorrentes da crise de saúde pública dos últimos dois meses.
“No caso do Alto Minho, as consequências económicas e sociais são evidentes, agudizadas pelas limitações nas fronteiras com a Galiza que tornam praticamente insustentável a manutenção do comércio local e tradicional e dificultam as parcerias transfronteiriças que estavam a ser criadas”, advertem.
Reconhecendo a necessidade destas medidas para reduzir eventuais linhas de contágio, os parlamentares do PS defendem que é “evidente a necessidade de definição de um plano que salvaguarde a especificidade deste tipo de comércio muito dependente da relação transfronteiriça”, assim como “um plano de reabertura gradual das fronteiras que tenha em consideração as prioridades identificadas”.
Com a aproximação da época balnear, os deputados consideram que as regras relativas ao turismo e à utilização das praias “devem ter também em consideração esta proximidade geográfica”, dada a frequência “de banhistas portugueses nas praias galegas e de banhistas espanhóis nas praias minhotas”.
Neste sentido, os parlamentares socialistas pretendem também que o executivo esclareça “que tipo de medidas podem ser definidas para promover a retoma da economia nas zonas transfronteiriças” quando cessarem as limitações de circulação, e de que forma “as medidas de contenção para a época balnear terão em consideração as especificidades” destas zonas.