A Assembleia Municipal de Paredes de Coura aprovou com 30 votos a favor e uma abstenção o orçamento para 2025, de cerca de 30 milhões de euros, mais oito milhões de euros do que este ano, foi hoje divulgado.
Na Assembleia Municipal de Paredes de Coura, que decorreu na sexta-feira, estiveram presentes 24 deputados do PS, cinco da coligação PPD/PSD-CDS-PP e dois do PCP/PEV.
Em comunicado enviado às redações, a Câmara de Paredes de Coura, no distrito de Viana do Castelo, explicou que a abstenção foi de um dos deputados da coligação PSD/CDS-PP que é também presidente da Junta de Freguesia de Vascões, Sérgio Costa.
Segundo a autarquia, o orçamento, “o maior de sempre”, apresenta “como principais eixos a oferta habitacional, as áreas industriais, educação e cultura”.
A autarquia aponta como exemplos a construção do “núcleo habitacional de três dezenas de apartamentos no centro da vila, que está quase concluído, as seis dezenas de habitações para arrendamento acessível na zona da Nogueira, a terceira zona industrial que está a nascer em Linhares e que poderá lançar Paredes de Coura para o ‘ranking’ dos 20 concelhos mais exportadores da região Norte”.
Em 2025, a taxa de IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) mantém-se nos 0,3%, tanto para prédios rústicos como urbanos.
“O Plano de Atividades e Orçamento para 2025 do município é o maior orçamento de sempre (29.886.886 euros) explicado por grandes obras que mudarão estruturalmente a vida do nosso concelho. São obras que aumentarão a oferta habitacional do nosso concelho, que melhorarão a nossa capacidade de atração de investimento, que reforçarão o investimento na educação, na cultura, na ação social e na qualidade de vida das nossas freguesias”, destaca o presidente da Câmara, Vítor Paulo Pereira, citado na nota.
Segundo o autarca socialista, é “um orçamento que tem o objetivo de reforçar o caminho do desenvolvimento de Paredes de Coura, através da criação de emprego e da inclusão social”.
“O maior orçamento de sempre não é para nós um slogan político, até porque estaremos sempre dependentes de circunstâncias externas para o executarmos com sucesso. Preferimos dizer que é o melhor orçamento que temos para melhorar a vida de todos os courenses”, refere o autarca socialista.
A Lusa contactou hoje o presidente da Junta de Freguesia de Vascões, mas sem sucesso.
Já a deputada da CDU, Celina Sousa, afirmou que, apesar do voto favorável, a bancada comunista defendeu a necessidade de reforço da compostagem.
“Já há trabalho nesta área, mas entendemos que além da compostagem individual deveria ser iniciada a compostagem comunitária”, referiu.
Celina Sousa propôs ainda “um reforço de investimento no rio Coura para garantir a qualidade da água” e a “diversificação das atividades económicas nas zonas industriais” do concelho, onde predomina o setor automóvel.
“Devemos atrair empresas diferentes que criem mais emprego e paguem melhores salários”, sustentou.
À Lusa, o porta-voz dos social-democratas, José Augusto Caldas, disse que o partido “está de acordo com o grosso das decisões”.
“Estamos de acordo com um conjunto de investimentos que estão incluídos no orçamento. Apesar de, em algumas situações, podermos fazer diferente, o que desejamos é que sejam feitos”, afirmou.
O deputado do CDS-PP, João Carvalho, explicou ter votado a favor “pelo interesse público e pela estabilidade política existente”.
“O nosso grupo na Assembleia Municipal evita sempre uma postura destrutiva, de confronto. É certo que temos algumas diferenças, vamos apresentando as nossas alternativas, mas concordamos com o essencial e isso é suficiente para uma aprovação”, acrescentou.
LUSA