No segundo trimestre deste ano registaram-se 3,2 milhões de dormidas turísticas no Norte, valor que ultrapassada, “pela primeira vez”, os indicadores anteriores à pandemia, indica hoje o boletim divulgado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).
“As dormidas nos estabelecimentos turísticos do Norte foram de 3.194.089 no segundo trimestre de 2022, mais 7,9% do que no segundo trimestre de 2019”, lê-se no boletim Norte Conjuntura.
De acordo com o documento, esta foi a “primeira vez” que os indicadores da atividade turística na região ultrapassaram os observados antes da pandemia da covid-19.
As dormidas de residentes tiveram um “crescimento significativo” de 14,8% comparativamente ao segundo trimestre de 2019, ao fixarem-se em 1,2 milhões no período em análise. Já as dormidas de não residentes situaram-se nos 1,9 milhões, ultrapassando também o valor anterior à pandemia em 3,8%.
À semelhança das dormidas, também o número de hóspedes nos estabelecimentos turísticos do Norte aumentaram 4,5% comparativamente ao 2.º trimestre de 2019, tendo sido registados 1.685.605 hóspedes.
“Dada a total recuperação, dissiparam-se os efeitos negativos da crise pandémica na procura interna e externa dirigida ao turismo no Norte”, destaca o documento, dando nota de que a recuperação se deveu ao “crescimento acentuado do último ano”, com o número de hóspedes a aumentar 157,2% comparativamente ao mesmo período de 2021.
A “retoma plena da atividade turística para valores superiores aos pré-pandemia” foi também sentida nos indicadores de faturação dos estabelecimentos de alojamento turístico, com os proveitos totais a atingirem 217 milhões de euros, “mais 19,5% face ao valor do 2.º trimestre de 2019”.
O rendimento médio por quarto também registou uma recuperação superior a 2019, ao atingir, no segundo trimestre de 2022, 51,2 euros.
Já a taxa líquida de ocupação por cama foi o único indicador no qual o turismo do Norte não ultrapassou o período pré-pandemia, registando 45,2% em contraste com os 46,5% atingidos no segundo trimestre de 2019.
“Em Portugal, alguns indicadores da atividade turística ainda se encontram num valor ligeiramente inferior ao do período pré-pandemia”, lembra o boletim Norte Conjuntura, dando como exemplo o facto de, no período em análise, o número de hospedes e dormidas serem inferiores em 1,7% e 0,2%, respetivamente, face ao segundo trimestre de 2019.