A passagem de uma linha de muito alta tensão pelo Alto Minho não é novidade para o autarca de Melgaço. Manuel Baptista diz conhecer o projecto desde 2011 e que a autarquia que lidera conseguiu que fossem feitas algumas alterações ao corredor previsto para Melgaço, de forma a minorar os impactos do projecto.
O projecto, que agora foi tornado público e que cujo estudo de impacto ambiental está em consulta até ao dia 13 de Fevereiro, consiste numa linha eléctrica de 400 kilowatts, a mais potente do país. Uma estrutura que vai ligar a rede eléctrica nacional à Galiza e que vai atravessar 8 municípios do Alto Minho: Ponte de Lima; Viana do Castelo; Arcos de Valdevez; Paredes de Coura; Vila Nova de Cerveira; Valença; Monção e Melgaço. Com fortes impactos sobretudo em Monção; Paredes de Coura Ponte de Lima e Arcos de Valdevez. Escapam a esta linha de muito alta tensão apenas Caminha e Ponte da Barca.
O presidente da Câmara de Melgaço diz que o concelho que lidera vai ser apanhado por esta estrutura apenas numa zona de fronteira e que os impactos que poderia ter já foram mitigados.
O autarca de Melgaço, Manuel Baptista, diz reconhecer a importância que a beneficiação da rede nacional de electricidade tem para o desenvolvimento da região e do país.
Do mesmo ponto de vista partilha o presidente da Câmara de Valença, que classifica esta linha de muito alta tensão como um projecto de interesse nacional que, por isso, deve ser analisado com muito cuidado.
Jorge Mendes apenas está preocupado com o impacto visual que a estrutura poderá causar no município que lidera. De resto, afiança não haver grandes problemas.
Se em Monção, os autarcas manifestam preocupação com os impactos que esta linha de muito alta tensão poderá ter na saúde pública e na fauna local, em Valença o presidente da Câmara desvaloriza.
