O PSD de Caminha acusa o presidente da Câmara, Miguel Alves, de usar a última Assembleia Municipal para “lançar atoardas balofas acerca da anterior gestão do município, para não responder a questões colocadas sobre as novas prioridades da sua forma de gerir”.
Em comunicado, a concelhia laranja critica o autarca socialista “por falar sobre o que não sabe, dando força ao PSD para “voltar a falar acerca do imensurável aumento de património” durante a gestão deste executivo.
À Rádio Jornal Caminhense, a líder da concelhia do PSD de Caminha, Liliana Silva, lamentou o facto de o regimento da Assembleia Municipal ser “castrador” para os sociais-democratas porque não permite falar depois do presidente da Câmara. Além disso, considera “inadmissível” que a actual maioria, em cinco horas, passasse mais tempo a falar do executivo anterior e se tenha esquecido de falar sobre o que realmente importa
A líder do PSD Caminha diz que o actual regimento da Assembleia Municipal permite ao presidente da Câmara “dizer o que lhe apetece”, sem que o PSD se possa defender.
Liliana Silva dá como exemplo a questão das eólicas, acusando Miguel Alves de “fazer insinuações deploráveis acerca do assunto”
A também vereadora social-democrata acrescenta que o presidente da Câmara “quando confrontado com o facto de não pagar às freguesias o que lhes deve, como não sabe como explicar, vem dizer que as transferências são superiores àquelas que foram feitas pelo anterior executivo”.
Salienta ainda que “o PSD também herdou, na altura, processos e não foi por isso que usou o achincalhamento público”.
Liliana Silva realça que “o PSD quando chegou à Câmara tinha um património de 16 milhões e quando saíram deixaram um património de 80 milhões”, congratulando-se “pelo facto de, depois de todo este investimento em património, lhes ter deixado em bancos cerca de dois milhões e meio”.
“O Sr Presidente é que tem de explicar à população o que fez com o dinheiro que herdou e assumir que os seus orçamentos mal calculados, descidas de receitas, assessorias megalómanas e eventos milionários levam ao caos financeiro em que o município se encontra”, concluiu.