Os candidatos a deputados do PSD, pelo círculo eleitoral de Viana do Castelo, esperam que a nova concessão do serviço postal universal feito pelo Governo, por ajuste direto aos CTT, tenha previsto o porte pago para a imprensa local e regional. Caso contrário “será provavelmente uma machadada final nestes órgãos que são essenciais para a consolidação da democracia no país”.
“A comunicação social local e regional tem sido o parente pobre da comunicação por parte do governo do Partido Socialista. Mesmo na altura da pandemia estes receberam umas migalhas que foram distribuídas pelo país inteiro e que praticamente não deu nada a cada um, obrigando a que estes históricos órgãos de comunicação vivam muitas vezes da boa vontade dos seus jornalistas e dos seus administradores”, alertaram os deputados, à margem da visita que fizeram ao Jornal “O Caminhense”, em Caminha, que este ano assinala os 50 anos de existência.
“Uma das inquietações que temos recebido tem a ver com o porte pago. O governo lançou uma nova concessão do serviço postal universal por ajuste direto. Em vez de abrir o concurso público há um ano, protelou-o durante esse tempo e, agora, depois da Assembleia da República já estar dissolvida, avança para o ajuste direto aos CTT. Dentro deste pacote está o porte pago. Não conhecemos o caderno de encargos, nem o processo negocial com os CTT e espero bem que, tal como o exigimos na última legislatura, que o porte pago esteja garantido para a comunicação social local e regional, porque caso contrário, se o Governo não tiver essa preocupação será, provavelmente, uma machadada final nestes órgãos que são essenciais para a consolidação da democracia no país pois dão voz a quem não tem voz, desde os cidadãos, empresas, instituições e até às forças políticas que não estão no poder pelo país fora. Da nossa parte tudo faremos para que tal aconteça. Esperemos que o Governo faça a sua parte”, salientou o cabeça de lista, Jorge Mendes.