Entre balanços, despedidas e as habituais trocas de galhardetes entre bancadas já em tom de campanha eleitoral, decorreu ontem no cineteatro Valadares em Caminha a última assembleia municipal do atual mandato.
Apesar dos poucos pontos da ordem de trabalhos, a reunião não deixou de ser longa com a notícia da extinção da PPP das piscinas a dominar o debate.
Como tem vindo a ser noticiado desde ontem a Câmara de Caminha anunciou que se prepara para extinguir a parceria publico privada criada pelo anterior executivo para a construção das piscinas, uma notícia que deixou os socialistas muito satisfeitos e os sociais democratas de pé atrás.
Júlia Paula Costa considerou a extinção da PPP anunciada pela Câmara, “pura demagogia” e lembrou que o presidente da autarquia não tem qualquer legitimidade para celebrar um memorando de entendimento com vista à extinção da mesma, considerando-o por isso ilegal. A deputada disse mesmo que o memorando em causa representa zero.
A deputada considerou que a notícia veiculada pela Câmara não passa de estratégia de campanha política.
Júlia Paula lembra que ao desobrigar os privados através da extinção da PPP, o atual executivo está a ditar o fim da construção dos parques de estacionamento que a mesma previa para o Largo da Feira e Largo Calouste Gulbenkian.
Perante as dúvidas lançadas pela deputada Júlia Paula Costa quanto à validade do memorando, Miguel Alves, presidente da Câmara de Caminha, considerou que o mesmo não vale zero e representa o início de uma revolução.
O autarca lembrou ainda que o memorando de entendimento terá que passar por diversas aprovações, nomeadamente dos acionistas, da Câmara e Assembleia Municipal, e ainda do Tribunal de Contas.
Quanto aos juros que a Câmara vai ter que pagar pela contração de um empréstimo, Miguel Alves esclarece que já estão incluídos nos 6,2 milhões de euros.
Excertos da última Assembleia Municipal realizada ontem à noite no Teatro Valadares.