A Unidade Local de Saúde do Alto Minho vai criar e implementar um projeto inovador na região que permita identificar mais cedo os doentes com diabetes tipo 2 e ajudar as pessoas que já estão diagnosticadas a ter uma vida melhor.
“Saber viver com diabetes” é o nome do projeto que pretende melhorar a articulação entre os cuidados de saúde primários e os cuidados de saúde hospitalares, de forma a promover uma referenciação mais rápida e um acompanhamento mais adequado às pessoas com diabetes que vivem no Alto Minho.
“Com esta iniciativa pretendemos consciencializar as pessoas para a sua doença, motivando-as à mudança de estilo de vida e à adesão à terapêutica, para que possam melhorar o controlo metabólico, reduzindo o recurso ao serviço de urgência por híper/hipoglicemias, e evitar as complicações e comorbilidades associadas à diabetes”, explica Franklim Ramos, presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Alto Minho.
E acrescenta: “Esperamos também, a longo prazo, reduzir gastos em saúde, ao evitar a duplicação de cuidados, ao aumentar o número de utentes seguidos nos cuidados de saúde primários, e ao melhorar a qualidade de vida e produtividade da pessoa com diabetes (diminuindo o absentismo) ”.
A implementação deste projeto vai permitir ao doente o contato direto para a consulta de endocrinologia duas vezes por semana e a consulta presencial de endocrinologia, no centro de saúde de Arcos de Valdevez, de dois em dois meses. Serão também criadas campanhas de sensibilização e educação que garantam o envolvimento da pessoa com diabetes e a comunidade.
O projeto “Saber viver com diabetes” integra-se no programa Boas Práticas de Governação, uma iniciativa da Novartis em parceria com a Universidade Nova de Lisboa, que proporciona aos participantes uma oportunidade de acesso a um plano curricular desenvolvido pela universidade e que lhes garante as bases teóricas e o acompanhamento necessário ao desenvolvimento dos projetos.
Este ano, o programa tem como tema “Caminhos para a Humanização” e pretende criar as condições para a implementação de projetos de inovação, promovendo o desenvolvimento de boas práticas que fomentem uma maior humanização nos cuidados de saúde primários e hospitalares, que possam trazer melhorias efetivas para o doente.