La Guardia ainda não apresentou à Câmara de Caminha qualquer plano de pagamentos para abater a dívida de 2,6 milhões de euros que tem com a autarquia portuguesa referente ao custo de funcionamento, durante 6 anos, do ferry-boat que une os dois países através do rio Minho.
A questão relativa às despesas de funcionamento entre 2000 e 2006 do ferry-boat Santa Rita de Cássia estava em tribunal, mas a actual equipa da Câmara de Caminha decidiu tentar resolver o problema através da via do diálogo, retirando a acção judicial. Os galegos comprometeram-se então a apresentar um plano de pagamentos até ao final do mês de Maio, mas até agora, e já estamos no dia 22, nada!
A informação foi revelada ontem ao final do dia em reunião de Câmara pelo autarca socialista. Miguel Alves anunciou também que Caminha e La Guardia vão tentar sensibilizar a comissão dos caminhos de Santiago para apoiar as duas autarquias na defesa do desassoreamento do canal do ferry, para permitir a navegabilidade da embarcação, que neste momento está parada para inspecções.
O presidente da Câmara de Caminha admitiu publicamente a importância da manutenção da actividade do ferry-boat para a dinâmica económica do concelho de Caminha, mas explicou também que são vários os problemas que a embarcação tem de ultrapassar para conseguir navegar normalmente.
Enquanto o ferry está em cais seco, a Câmara de Caminha anunciou que quer dragar a entrada do cais português, mas o processo está atrasado e vai estender-se por, pelo menos, mais um mês. Informação avançada pelo vereador do Ambiente, Guilherme Lagido.