Mais do mesmo. É assim que Flamiano Martins classifica o protocolo apresentado ontem para a realização do Festival de Vilar de Mouros, que a Câmara de Caminha apresentou como um novo protocolo, diferente daquele que no Verão foi estabelecido pelo anterior executivo camarário social democrata com a AMA.
O candidato do PSD à Câmara de Caminha, vice-presidente no anterior executivo e presidente da concelhia dos sociais democratas diz que o executivo do socialista Miguel Alves apenas deu uma roupagem diferente ao protocolo que já tinha sido estabelecido.
O ex-autarca social democrata aplaude aquilo que diz ser a aposta na continuidade demonstrada pelos executivos da Junta de Freguesia de Vilar de Mouros e da Câmara de Caminha ao manterem o protocolo com a AMA, Associação dos Amigos do Autista, ainda que com uma nova roupagem.
O festival de Vilar de Mouros vai regressar em 2014 mas o protocolo para a sua organização, assinado pouco antes das eleições autárquicas pelo executivo social-democrata anterior, foi revisto.
Em conferência de imprensa, o novo presidente da Câmara de Caminha, o socialista Miguel Alves, assumiu ontem ter sido “crítico” da forma como o protocolo para a organização do festival foi negociado e aprovado, a poucas semanas das eleições de 29 de Setembro.
Por decisão do executivo social-democrata que liderava a autarquia, a organização do festival foi entregue a uma Instituição Particular de Solidariedade Social, através de um protocolo que agora será revisto entre todas as partes.
A organização do festival vai manter-se, a cargo da AMA -Associação dos Amigos dos Autistas, uma IPSS que, em conjunto com a Câmara de Caminha e com a Junta de Freguesia de Vilar de Mouros, assumirá essa função até 2017.
O novo protocolo, ainda a ratificar nos órgãos locais, prevê agora, entre outros aspectos, a garantia da entrega, pela Câmara, de 10 mil euros à Junta de Freguesia de Vilar de Mouros, para a criação de infraestruturas de apoio ao evento.
Por outro lado, a AMA vai “duplicar” a compensação financeira a pagar à Junta, que passa para 20 mil euros e que poderá “crescer” em função das receitas de bilheteira.
No novo protocolo estarão ainda previstas condições que permitam favorecer o acesso das empresas do concelho à prestação de serviços directos e indirectos ao festival, bem como um maior envolvimento da população no evento.
O maestro Rui Massena manter-se-á responsável pela organização da sessão de abertura do festival, que terá lugar entre 30 Julho e 02 Agosto de 2014, após 8 anos de interregno.
Regressa um festival mais aberto à população local, defendeu ontem o novo presidente da Câmara de Caminha, o socialista Miguel Alves.