O ferry boat que liga Caminha a La Guardia, pelo rio Minho, está agora mais vezes parado do que em funcionamento. O assoreamento à saída do cais de Caminha impede a embarcação de navegar normalmente e de ligar diariamente as duas margens do rio Minho.
O presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves, admite que vai avançar com trabalhos de dragagem das areias no final deste mês, quando o ferry for para doca seca para inspecções. O autarca admite a importância, para Caminha, da embarcação funcionar normalmente todos os dias, sem falhar ligações e deixar os passageiros apeados.
O autarca de Caminha admite que a responsabilidade de manter o canal de navegação do ferry boat cabe aos espanhóis de La Guardia. Como os galegos não o fazem, Caminha vai avançar a expensas próprias com o desassoreamento dada a importância para a economia do concelho da manutenção de uma ligação diária e directa a Espanha.
Há muito que o ferry boat é uma pedra nas relações entre Caminha e La Guardia. O anterior executivo de Caminha pôs em tribunal uma acção a exigir o pagamento aos galegos de uma dívida relacionada com a exploração da embarcação.
Miguel Alves quer resolver as coisas de forma diplomática e, por isso, já amanhã vai reunir com o presidente da outra margem do rio Minho. Em cima da mesa o desassoreamento do canal de navegação e a dívida dos espanhóis.