Assinala-se esta quinta-feira o Dia Mundial do Folclore. Em Portugal, o termo é muito associado à dança mas abrange também práticas e saberes de determinado povo, que é transmitido de geração para geração.
Folclore é uma palavra que deriva do termo inglês folklore, que une os radicais folk, que significa povo, e lore, que significa instrução, aprendizado, sabedoria. Nesse sentido, folclore pode ser entendido literalmente como sabedoria popular.
O termo foi criado pelo arqueólogo William John Thoms, precisamente a 22 de agosto de 1846, numa carta enviada ao jornal inglês Athenaeum. Nesse documento, o especialista sugeriu que todo o conjunto de tradições ou “antiguidades” populares poderia ser definido pela palavra folklore.
Os estudos sobre folclore têm como objeto festas, comidas típicas, lendas, contos e cantos populares, sincretismo religioso e religiosidade popular, além das diversas crenças associadas a esse conjunto.
A carta de John Thoms popularizou-se e o termo folklore tornou-se usual em todo o mundo pelos estudiosos da cultura popular. Assim, muitas nações elegeram o dia 22 agosto (data da carta) como o Dia Mundial do Folclore.
No Alto Minho, uma das iniciativas mais emblemáticas que utiliza o radical folk é o FolkMonção. Um festival que anualmente percorre vários concelhos do distrito de Viana do Castelo e até mesmo da Galiza. Este ano chegou à 34ª edição e trouxe à região, à semelhança dos outros anos, vários grupos vindos de todo o mundo.
A organização do festival, cujo orçamento ronda os 100 mil euros, cabe ao Rancho Folclórico da Casa do Povo de Barbeita, sobre a orientação da comissão executiva, à qual se juntam cerca de 120 voluntários. Os espetáculos espalham-se por toda a região circundante. A entrada é livre e gratuita em todos os locais.
O Folk Monção – O Mundo a Dançar, um dos momentos mais altos do verão cultural em vários concelhos, foi reconhecido pelo C.I.O.F.F. (Conselho Internacional das Organizações de Festivais de Folclore e de Artes Tradicionais, estatuto B da UNESCO), em 2006, pelo C.I.D. (Conselho Internacional de Dança), em 2005, e pela I.O.V. (Organização Internacional das Artes Populares), em 2004.