A Comissão Europeia defendeu esta quinta-feira a exploração de lítio no norte de Portugal, no âmbito da nova estratégia da União Europeia (UE) para reduzir a dependência externa de matérias-primas essenciais, mas apelou ao diálogo com as comunidades locais.
“Portugal é muito forte na energia renovável, nomeadamente a solar e a eólica, e para isso é necessário armazenar a energia [através do lítio], não só para o setor automóvel, como também para as baterias industriais”, defendeu o vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelas Relações Interinstitucionais e Prospetiva, Maroš Šefčovič.
Falando em conferência de imprensa em Bruxelas, na apresentação de um novo plano de ação para as matérias-primas essenciais, incluindo o lítio, que agora faz parte desta lista, Maroš Šefčovič observou que “existe um forte panorama tecnológico em Portugal”, pelo que “várias ‘startups’ iriam beneficiar bastante se um ‘hub’ moderno de tecnologia estivesse sediado” no país, aludindo assim aos planos do Governo português para criar um ‘cluster’ do lítio e da indústria das baterias no norte.
“Mas claro que esta é uma decisão que tem de ser tomada em conjunto com as comunidades locais e os governos nacionais e esperamos ser capazes de promover o diálogo e de facultar o apoio necessário no que toca ao financiamento, nomeadamente através do Banco Europeu de Investimento”, acrescentou o vice-presidente do executivo comunitário.
Inadmissível considera vereadora Social Democrata Liliana Silva
Reagindo à posição da Comissão Europeia, a vereadora do PSD na Câmara de Caminha e ex-deputada na Assembleia da República, considerou inadmissível “aquilo que3 querem fazer ao nosso território”.
Na rede social facebook, a atual vereadora da oposição na Câmara de Caminha não poupa criticas e diz que não vale tudo.