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Sexta-feira, 18 Abril, 2025
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Caso Prestige: uma década depois, Portugal continua vulnerável à poluição marítima

Uma década depois daquela que foi a maior catástrofe ambiental da Europa, com o afundamento do petroleiro “Prestige” ao largo da Galiza, os ambientalistas garantem que Portugal ainda não se preparou para lidar com uma situação idêntica.

À Lusa, Sidónio Paes, da Liga para a Proteção da Natureza, explicou que Portugal está há 10 anos sem navios de combate a poluição no mar”, a propósito da encomenda feita pelo ministério da Defesa, logo depois da catástrofe ambiental na Galiza que ameaçou águas nacionais.

O contrato, na altura com Paulo Portas a liderar aquele ministério, previa a construção nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo de dois Navios de Combate à Poluição, com 83 metros de comprimento.
Por dificuldades de construção e financiamento os dois navios nunca saíram do papel e o negócio foi mesmo revogado já em 2012, apesar de a empresa ainda ter adquirido mais de 19 milhões de euros em equipamentos.
Segundo dados da Marinha, as águas nacionais são atravessadas todos os anos por cerca de 70 mil navios classificados como “perigosos”, atendendo à carga que transportam, nomeadamente hidrocarbonetos.

A 13 de Novembro de 2002, o petroleiro “Prestige” foi apanhado numa tempestade ao largo do Cabo Finisterra e sofreu um rombo de 35 metros no casco. Seis dias depois, o navio liberiano com pavilhão das Bahamas afundou-se a 270 quilómetros da costa da Galiza, derramando mais de 50 mil das 77 mil toneladas de fuelóleo que transportava.Mais de 2 mil e 600 quilómetros da costa espanhola foram afectados nos meses seguintes ao acidente.

A justiça espanhola começou a julgar o caso no mês passado.Quatro homens sentam-se no banco dos réus, entre os quais o comandante do navio e o ex-responsável da marinha mercante espanhola.
Cerca de 130 testemunhas deverão comparecer em tribunal durante os meses em que decorrer o julgamento para apurar se a maré negra foi responsabilidade da tripulação ou das autoridades espanholas que exigiram que a embarcação se afastasse da costa, aumentando o risco de um naufrágio.

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