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Segunda-feira, 13 Janeiro, 2025
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Caminha: Vereadores da oposição votam contra Orçamento “sem estratégia de futuro” que “não serve os caminhenses”

Os vereadores do Coligação O Concelho Primeiro votaram contra o Orçamento e as GOP para 2023 por considerarem que o documento “volta a aumentar a carga de impostos dos caminhantes e não tem qualquer estratégia de futuro”.

Em nota enviada à imprensa, os vereadores da oposição procederam a uma análise ao documento das GOP 2023 e consideram-no “fraco, sem esperança, com erros, sem estratégia nem visão de futuro. Um verdadeiro barco à deriva”.

Destacam só como positivo o facto de terem colocado no plano de atividades a proposta com que a coligação se debate há dois meses e que pediram  que fosse incluída no orçamento e que diz respeito a duas palas para a EBS do vale do Âncora.

“De facto, não teriam tido a necessidade de gastar dinheiro na pala que liga a escola nova à escola já existente, porque as crianças se molham ao irem almoçar, se tivessem feito um projeto com pés e cabeça. Lá está a população de Caminha a gastar mais por via de obras mal projetadas”, atiram.

Para os vereadores da Coligação OCP, o voto contra prende-se vários motivos:” Um orçamento sem estratégia nem visão de futuro no que diz respeito à captação de empresas e indústrias ou de novos residentes. Não há uma única ideia de estratégia e medidas coerentes neste orçamento.

O orçamento é apresentando sem que haja a Revisão Oficial das Contas do primeiro semestre de 2022, sem que haja um Mapa Atualizado da DGAL concernente à divida .

O município tinha uma divida à empresa Luságua, segundo informação do executivo, em dezembro de 2021 de cerca de 1.7 milhões, uma dívida à Pólis de 2 milhões de euros, dívida à ADSE superior a 500 mil euros, entre outras. Neste GOP apenas vemos uma verba de 1.890.026.47 para as pagar. Logo este orçamento poderá ser desrespeitoso com os credores, aumentando o incumprimento.

Olhando para o orçamento não encontramos as rubricas onde se encaixem os pagamentos anuais ao Banco Europeu de Investimentos, por via de uma cessão de créditos aprovada pelo executivo, nem uma demonstração do cálculo dos juros de mora”.

Ou seja, adiantas os vereadores da Coligação, “há juros a pagar, empréstimo mensal e não está refletido no orçamento. Os vereadores informaram que darão nota deste facto ao Tribunal de Contas porque o assunto precisa de esclarecimento cabal, dada a sua gravidade”.

Ainda segundo aqueles vereadores, neste orçamento os protocolos com as juntas de freguesia são de 292.700.00€, o que acham um “escândalo” porque justificam, “se se considerar somente o aumento da rúbrica com gastos com titulares de órgãos de soberania percebe-se que vão gastar mais em assessorias e outros cargos de nomeação do que as freguesias recebem durante um ano inteiro”.

Por outro lado, afirmam os eleitos da Coligação OCP que o aumento da receita de impostos neste orçamento “é brutal, uma verdadeira facada nos orçamentos parcos dos caminhenses”.

Recorde-se que a proposta da coligação de redução dos impostos foi recusada e chumbada pela assembleia municipal sob o apelo do próprio presidente da Câmara “e agora constata-se a vergonha: vão receber mais em impostos do que o ano passado ( que já eram elevadíssimos). O valor dos impostos dos caminhenses irá ser de 7,5 milhões de euros porque o presidente decidiu mantê-los no máximo”.

“Só a taxa de recolha de resíduos sólidos verifica-se um aumento brutal o que vai levar a mais um aumento insustentável na fatura da água dos caminhenses. Numa altura em que todos os municípios se estão a pôr ao lado dos seus cidadãos em ajudas para combater a inflação o atual presidente decide carregar ainda mais em cima do ombro dos caminhenses”, acrescentam.

Os vereadores da coligação destacam ainda como negativo a descida de despesas correntes com material de escritório,  vestuário para pessoal, ferramentas e utensílios e limpeza e higiene. “Cortaram nestas questões essenciais e aumentaram as gorduras com gastos no gabinete de apoio ao presidente da câmara”.

Por fim a oposição destaca o facto de não há previsão clara neste orçamento para receber os 300 mil euros do CET. “Nem uma palavra. Reconheceram que não estão a contar recebê-lo, o que é grave. Primeiro decidem dar 300 mil euros a um promotor que nem conheciam, mais do que atribuem às juntas para se gerirem um ano inteiro, e agora o concelho dá como perdido esse dinheiro já no próximo ano. Esses 300 mil euros distribuídos pelas juntas de freguesia faziam muita falta à população do concelho de Caminha”.

Resumindo, para a Coligação OCP “este orçamento será mais uma nortada que vai varrer os orçamentos dos caminhenses.

Não prevê formas de captação de investimentos, nem apoios às famílias em ano de aumentos da inflação históricos.

Um orçamento que não serve ao concelho de  Caminha, não serve aos caminhenses”.

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