Em abril de 2017, durante a gala do 40º aniversário da associação, o presidente da Câmara, Miguel Alves, fez uma promessa: o Etnográfico de Vila Praia de Âncora teria uma sede nova.
Passados 3 anos a sede está pronta e vai ser inaugurada e entregue no próximo dia 10 de junho, quarta-feira.
As cautelas que a pandemia ainda impõe não permitem viver o momento nos moldes desejados e por isso a Câmara vai transmitir via internet a cerimónia de inauguração.
“Vamos levar o momento a todos os que quiserem partilhá-lo connosco, através da Internet, transmitindo a cerimónia em streaming, o que permite trazer para esta ocasião de alegria também a comunidade emigrante”.
A nova sede nasce no Edifício da Antiga Escola de Vilarinho entretanto requalificado, numa obra orçada em 157 mil euros.
Resenha Histórica
O Grupo Etnográfico de Vila Praia de Âncora foi fundado em 22 de março de 1976. Dedica-se essencialmente às músicas e danças tradicionais: os Viras, as Gotas, a Tirana, a Rosinha e Rusga, ajudando a perpetuar usos e costumes, como o Cantar de Reis e Janeiras, Páscoa e Pascoela, Cantos Populares, Romarias.
No colorido e na variedade dos seus trajes de trabalho ou de cotio, Domingueiros ou de Festa (traje à Lavradeira, Noivos e Mordomas e Traje de Morgada) e nas voltas do Vira, da Gota, da Tirana e da Rosinha; o Etnográfico de Vila Praia de Âncora apresenta o Alto Minho Litoral, com nítida influência do folclore da Serra d’Arga.
Nas quatro décadas de existência apresentou as suas danças e cantares de Norte a Sul do País e Arquipélago da Madeira, intercaladas com deslocações a Espanha, França, Holanda, Bélgica, Suíça, Alemanha, Hungria, Áustria, Jugoslávia, Itália e Andorra.
Desde 1989, é reconhecido como Instituição de Utilidade Pública e detém, entre vários prémios e condecorações internacionais e nacionais, a Medalha de Mérito Cultural da Câmara Municipal de Caminha.
Do seu reportório fazem parte os Viras, Gotas, Chula, Rosinha, Rusga, Tirana, bem como músicas e canções do cancioneiro alto minhoto e locais.