A página do Município de Caminha, “que é paga com o dinheiro de todos os caminhenses”, não tem informações importantes relativas ao ano de 2023, alertaram hoje, em comunicado, os vereadores da Coligação O Concelho em Primeiro (OCP) que sublinham ainda que desde o assumir de funções do atual presidente da Câmara aquela página tem estado “em queda livre” no que à disponibilização de documentação diz respeito.
Segundo os vereadores da Coligação na Câmara de Caminha, “não se encontra qualquer informação na página do Município, por exemplo relativamente a 2023 , a não ser fotografias que ele mandar tirar a si próprio para fazer campanha política, através de uma página que é de todos os munícipes”.
Diz a Coligação O Concelho em Primeiro, que “há contratos a serem publicados na Basegov, plataforma pública de contratação, cujos registos e informações não se encontram na página do Município”.
“A falta de transparência é total”, dizem e reiteram “São dezenas de contratos publicados na basegov, cuja informação não aparece na página do município”.
Destacam informações que seriam importantes estarem disponíveis “para que todos os caminhenses possam saber o estado do município e se possam, de algum modo, entender as decisões tomadas, nomeadamente: dívidas a fornecedores os registos datam de 2021; listas de dívidas por factoring, não tem qualquer documento e ajustes diretos, concursos públicos e consultas prévias só existem registos de 2022, e alguns, mesmo destes anos encontram-se em falta”, referem.
“Nem as atas dos órgãos municipais têm em dia na página do município. Não se consegue encontrar atas que já foram aprovadas há mais de dois meses”, acrescentam.
Para a Coligação OCP, as contas do município deveriam ser transparentes e dadas a conhecer a toda a população mensalmente.
“O que temos atualmente é que essas informações não são prestadas aos munícipes e o presidente quando é questionado sobre alguns temas diz que vai responder por escrito e depois, muitas das vezes nem o faz.
Não sabe responder e usa este subterfúgio, mas um concelho como o de Caminha não pode ter à frente alguém que não sabe responder às questões e que quando confrontado responde sempre que dará respostas por escrito.
Um concelho como o de Caminha, que tem situações recentes de má gestão como o caso do CET, ou o caso da empresa de comunicação e imagem de Manuela Couto, cujo julgamento irá iniciar em abril do presente do presente ano, ou a perda de candidaturas por incompetência de quem nos gere, tem que exigir essa transparência na página municipal.
A assessoria de comunicação, contratada por ajuste direto pelo executivo mas paga a peso de ouro pelos munícipes não pode servir só para fazer textos de encomenda para o presidente. Tem que servir para informar os munícipes e tratar da página do município com todas as informações que importam”.
Infelizmente, sublinham, “através da página do Município os eleitos da coligação não conseguem aceder à informação de que necessitam para poderem analisar os assuntos que vão surgindo.
Infelizmente, o Município está a ser gerido em roda viva, sem qualquer estratégia ou capacidade de liderança.
Gerir um município tem que ser transparência, competência e estratégia” conclui a Coligação OCP.