A propósito da abertura de um concurso para a atribuição de bancas no novo mercado municipal de Caminha, inaugurado no passado mês de agosto, a vereadora da Coligação O Concelho em Primeiro, (OCP), Liliana Silva, chamou a atenção para a necessidade de se pensar numa estratégia com vista à dinamização do Mercado Municipal que ainda tem 5 bancas por ocupar.
Segundo a vereadora é importante refletir e perceber porque é que as pessoas não estão a aderir ao novo mercado, referindo que o facto das bancas serem pequenas, obriga a que familiares se candidatem possibilitando assim o alargamento do espaço.
“Não temos nada contra isso, foi uma forma encontrada pelos comerciantes para contornarem esta questão”.
Com 5 bancas ainda livres Liliana Silva diz que é preciso dinamizar o novo espaço. “Acho que é uma discussão que deveria ser feita o mais brevemente possível uma vez que vai ser lançado um novo concurso público para a adjudicação das bancas”.
A vereadora chamou a atenção para o facto de ser difícil voltar para o Mercado Municipal, principalmente para as lojas mais pequenas, onde o armazém é na parte superior onde os acessos não foram feitos.
“A verdade é que as pessoas não têm acesso a essas arrecadações no sótão e são os comerciantes que vão ter que comprar as escadas se quiserem aceder à sua própria arrecadação uma vez que isso não ficou acautelado. Alguma coisa foi mal feita neste mercado e nós lamentamos que o investimento que ali foi feito não sirva quem ali trabalha”, apontou.
Por outro lado Liliana Silva perguntou quando é que os contentores que albergaram os comerciantes do mercado enquanto o edifício esteve em construção iriam ser retirados daquele local e qual seria o fim a dar-lhes.
Por considerar que a intervenção da vereadora não estava no âmbito da proposta em discussão, o presidente da Câmara de Caminha, Rui Lages, não deu qualquer resposta, passando de seguida à votação da proposta de adjudicação das bancas livres do mercado, proposta que seria aprovada por unanimidade.
O projeto do novo Mercado Municipal de Caminha é da autoria dos arquitetos Rui Rosado Correia e Tiago Sousa. A nova estrutura conta com quatro lojas viradas a sul, 12 bancas para venda de peixe, fruta e legumes, zonas de cargas e descargas, armazéns de frio, viveiro e outras valências.
A obra obteve financiamento comunitário, através do NORTE 2020 e dos Planos de Ação de Regeneração Urbana – PARU, no âmbito de uma candidatura apresentada pelo Município de Caminha.