“O presidente da Câmara de Caminha não está a respeitar a decisão da Assembleia Municipal e continua a trabalhar em prol da instalação do parque eólico no mar”.
A afirmação é da Coligação O Concelho em Primeiro (OCP) que, em comunicado, veio a público acusar o autarca Caminhense, Rui Lages, de continuar a agendar reuniões para trabalhar no mapa da localização de um parque eólico na costa de Caminha.
“Após uma deliberação histórica pela unanimidade e convicção de uma moção pela suspensão imediata do processo em curso para instalação do parque eólico em offshore, Rui Lages continua a agendar reuniões para trabalhar no mapa de localização das mesmas
Na última Assembleia Municipal foi aprovada uma moção conjunta, que contou com o contributo de todos os partidos e foi promovida, em abono do rigor e da verdade pela qual a coligação O Concelho em Primeiro sempre se pautou, pelo Partido Comunista, para que o Governo suspendesse o processo em curso e fizessem uma reponderação de modo a assegurar que o interesse das eólicas não ultrapassasse aquele que é o interesse marítimo nacional nas suas mais variadas vertentes”.
Mas, acusa a Coligação OCP, “ao dia de hoje, Rui Lages volta a promover uma reunião, agendada só com alguns, para mostrar a nova versão do Plano para o parque eólico, não respeitando a deliberação da Assembleia Municipal”, acusa.
Nesta altura, segundo a coligação OCP, o presidente da Câmara “tinha que estar a informar o Governo que o Município de Caminha, através da Assembleia Municipal se mostrou contra esta instalação, e a promover junto da CIM uma posição conjunta para não permitirem este atentado que querem fazer ao nosso mar, no sentido em que vão comprometer a arte da pesca e todas as atividades que a ela estão ligadas, incluindo restauração e turismo”.
Mas segundo a Coligação de direita o presidente da Câmara “não só não o fez, como anda a legitimar as ordens do Governo, sendo mais uma vez subserviente às ordens do partido em detrimento do interesse do concelho”, atira.
A Coligação OCP considera”o diálogo fundamental, tanto para lutar a favor de uma causa como para se opor à mesma, e acrescenta que “no caso, o presidente da Câmara só conhece o diálogo para tentar proteger o Governo e legitimar as suas decisões.Não consegue usar o diálogo para fazer ver que este plano vai trazer prejuízos em muitas áreas”, acrescenta.
A Coligação OCP lamenta esta postura do atual presidente da câmara.