O Centro de Exposições Transfronteiriço foi um dos temas amplamente discutidos em campanha eleitoral nas últimas autárquicas.
A Rádio Caminha e o Jornal C – O Caminhense promoveram um ciclo de entrevistas com todos os cabeças de lista candidatos à Câmara de Caminha.
Luís Sottomaior Braga, o candidato apresentado pelo Bloco de Esquerda ao município de Caminha, foi um dos mais críticos em relação ao contrato de arrendamento e ao projeto do CET que considerou ser a continuação do “discurso mirabolante”. Relembre a posição do candidato.
No mesmo ciclo de entrevistas, Miguel Alves, o então presidente da Câmara Municipal de Caminha e novamente candidato pelo Partido Socialista, sem mencionar o CET, defendia a diversificação da economia com um fundo criado de 80 milhões de euros para a criação de uma zona industrial ligada ao cluster automóvel, criando centenas de postos de trabalho.
No final da campanha, no debate organizado pela Rádio Caminha com todos os candidatos à Câmara de Caminha, Miguel Alves garantiu que o CET era a aposta do Partido Socialista para o próximo mandato que agora decorre, para diversificar a oferta turística em Caminha.
Luís Sottomaior Braga, candidato do BE, voltou à carga nas desconfianças em relação ao negócio, ao contrato de arrendamento e à empresa promotora daquele investimento. Para o candidato, a questão mais importante, antes de mais, era saber quem era a Greenfield.
As dúvidas colocadas pelo bloquista não tiveram resposta do candidato Miguel Alves.
O adiantamento “duvidoso” de 300 mil euros que impunha aquele contrato de arrendamento foi ontem noticiado em peça destacada pelo jornal “Público” e está a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República.