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Quarta-feira, 2 Julho, 2025
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Caminha: Associação de Pescadores defende a paralização imediata da pesca e reivindica medidas de compensação

O Ministério do Mar anunciou a paralisação da pesca pelo período compreendido entre as 22 horas de sexta-feira e as 22 horas de domingo, ou seja ao fim de semana, até ao dia 31 de Maio de 2020.

A medida anunciada não agrada a comunidade piscatória do concelho de Caminha que, em nota enviada às redações, explica que esta deliberação em nada vai resolver o problema da comunidade piscatória que enfrenta graves problemas para conseguir escoar o produto.

“Desde já informamos que as associações de pesca de Caminha ( APPRMM ) e Vila Praia de Âncora ( APPDVP) não concordam com esta medida.      

O  estado da pesca  neste período de emergência Nacional está gravemente afetado, encontrando-se toda a frota a deriva,  devido ao encerramento de praticamente todos os canais de venda. A medida proposta significará a extinção de  toda a frota local de embarcações com motores fora de bordo, que é representativa de grande parte da frota do nosso País.

Tal sucede, porque no atual estado de emergência, as pessoas encontrando-se em isolamento em casa ou nos seus postos de trabalho, só se dirigem para compras do nosso peixe que é vendido em locais específicos em mão aos fins de semana. E mesmo assim as atuais vendas são muito diminutas, sendo que a maioria das embarcações já se encontram paradas ou com avultadas dívidas.

Assim, os pescadores da pesca local sentem-se abandonados e à deriva neste situação de calamidade nacional, tal como as centenas de milhares de famílias que dependem desta atividade para sobreviver, sendo urgente acautelar esta situação“.

Para a Associação der Pescadores de Caminha e Vila Praia de Âncora a única solução para colmatar as graves dificuldades que a classe está a enfrentar originadas pela pandemia  é que seja “decretado o fim da pesca destas comunidades – porque de facto não se verificam condições para continuar a atividade, e ao mesmo tempo seja decretada uma medida de compensação para os pescadores, que salvaguarde a sobrevivência das famílias“.

Aquela associação alerta ainda “que se não for tomada nenhuma medida, há um sério risco destes profissionais começarem a fazer vendas avulso, sem qualquer controlo sanitário, potenciando o risco de contaminação pelo covid-19“.

Para Augusto Porto, presidente da direção da Associação de Pescadores de Caminha, esta medida agora anunciada pelo Governo “em nada vai resolver a situação dos pescadores que, sem medidas compensatórias se vêm obrigados a pescar expondo desta forma a sua saúde. Ao não haver condições para vendermos o peixe estamo-nos a pôr em perigo a nós e também as pessoas”, conclui.

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