Depois da Portos da Galiza ter anunciado o início das obras no cais de atraque de A Guarda, e a sua possível conclusão no início do verão, o Alcalde de A Guarda, António Lomba Baz, em entrevista ao Jornal C – O Caminhense, diz ter pendente uma reunião com o presidente da câmara de Caminha, Rui Lages, para consertar as condições de funcionamento do Ferry Boat Sta. Rita de Cássia e das dragagens a fazer no canal de navegação para retomar as travessias regulares daquela embarcação.
O autarca guardês reitera, à semelhança da posição pública tomada também por Liliana Silva da coligação O Concelho em Primeiro, a necessidade de retomar as carreiras regulares do Ferry boat como única solução possível a curto prazo para unir as duas margens raianas, neste momento isoladas, ao contrário de todos os outros municípios da ribeira Minho, apesar do crescente interesse turístico e de peregrinos que se tem verificado na região.
A alternativa do Xacobeo Transfer implementada pelos dois municípios para minorar a falta do ferry não é solução, sobretudo para as populações, sustenta o autarca.
Para Antonio Lomba Baz, a possível substituição do Sta. Rita de Cássia por um ferry elétrico mais moderno não resolve o problema da travessia. É outra solução a curto prazo que apenas possibilitaria substituir a velha embarcação por outra em melhores condições.
Recorde-se que o ferry elétrico foi a proposta apresentada nas últimas autárquicas por Miguel Alves, ex-presidente da Câmara de Caminha, e defendida também pelo atual presidente, Rui Lages.
O alcalde de A Guarda defende que uma ligação permanente entre as duas margens seria a solução ideal no médio-longo prazo. Aguarda contudo as conclusões do estudo do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT Rio Minho), encomendado a uma empresa de Madrid e financiado pela Deputación de Pontevedra e pela Câmara de Caminha.
O autarca espera que o estudo valorize a possibilidade da construção de uma ponte que una definitivamente as duas localidades.