A Câmara de Vila Nova de Cerveira vem a público contestar aquilo que classifica como uma atitude inadmissível do INA – Direção-Geral da Qualificação dos Trabalhadores em Funções Públicas.
Tudo isto porque aquele novo organismo estatal está a impor a deslocação a Lisboa das dezenas de candidatos a 8 postos de trabalho da carreira de Assistente Operacional, áreas de actividade Serviços Gerais e Motorista de Veículos Pesados de Passageiros para a realização de avaliações psicológicas.
A autarquia local, liderada pelo independente Fernando Nogueira, emitiu um comunicado a mostrar a sua indignação pelo facto de os candidatos serem obrigados a deslocar-se a Lisboa para realizar os exames, quando estes podia ser feitios na própria autarquia.
O autarca sublinha que é uma deslocação cara para pessoas que estão, muitas delas, desempregadas e que se candidatam a um cargo onde vão ganhar 485 euros:
O presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira, Fernando Nogueira, vai fazer chegar esta posição de discordância ao Provedor de Justiça, sublinhando que não faz sentido obrigar dezenas de candidatos a realizar uma deslocação de 800 quilómetros para fazer uma prova de avaliação psicológica.
Invocando o interesse público num concurso que já foi cancelado uma vez por não terem sido cumpridos os prazos, o autarca de Cerveira defende a deslocação dos técnicos do INA ao Alto Minho para realizarem as provas em vez de obrigarem dezenas de pessoas a deslocarem-se a Lisboa:
A autarquia de Vila Nova de Cerveira está em pé de guerra com o INA – Direcção Geral da Qualificação dos Trabalhadores em Funções Públicas.
Um novo organismo que exige a deslocação a Lisboa de dezenas de candidatos a um posto na Câmara de Vila Nova de Cerveira, no Alto Minho.