A Câmara de Caminha vai intentar uma acção judicial para tentar travar a privatização da ValorMinho, a empresa responsável pelo aterro sanitário do Vale do Minho, onde os seis municípios da região depositam o lixo.
A anunciada privatização da Empresa Geral de Fomento (EGF) vai implicar a privatização da empresa multi-municipal instalada no Vale do Minho, já que a EGF é detentora de 51 % do capital social, enquanto que os municípios, que são accionistas e utilizadores. São detentores de apenas 49 %.
As autarquias, incluindo Caminha, temem que a privatização implique o aumento das tarifas cobradas aos municípios pela recolha de lixo, que actualmente está em 19 euros por tonelada. Por isso, todas vão recorrer aos tribunais para tentar travar o processo.
O executivo camarário Caminhense, através do presidente, apresentou ontem uma proposta para autorizar o autarca a avançar com a acção judicial.
Proposta que foi aprovada com os votos do PS.
Os vereadores do PSD recusaram-se a participar na votação, tendo-se retirado da reunião de Câmara. O porta-voz dos vereadores sociais democratas, Flamiano Martins, pediu a retirada daquele e de outro ponto da ordem de trabalhos, por não terem recebido a tempo a documentação necessária para avaliarem devidamente o problema.
Os vereadores sociais democratas recusaram-se votar uma proposta que disseram não ter tempo para analisar e, como o presidente de Câmara não a retirou da ordem de trabalhos, saíram da sala em protesto, anunciando também que vão recorrer ao provedor do munícipe.
O presidente da Câmara lamentou que não tenha havido união no executivo no protesto à da privatização da Valorminho.
A Câmara de Caminha é uma das seis autarquias do Vale do Minho que vai interpor uma acção judicial para tentar travar a privatização da ValorMinho, a empresa que gere o aterro sanitário da região, de que os municípios são accionistas e utilizadores.