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Terça-feira, 22 Abril, 2025
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Câmara de Caminha gasta 1500€/mês com assessora externa

É oficial. O executivo camarário caminhense liderado pelo socialista Miguel Alves prepara-se para contratar os serviços da empresa liderada por Rosa Sampaio, a assessora de imprensa que o apoiou durante a campanha eleitoral. Esta era, de resto, a empresa que já fazia a assessoria de imprensa ao anterior executivo camarário do PSD, tendo terminado a relação laboral em 2010 de costas voltadas com a presidente da Câmara Júlia Paula Costa. Rosa Sampaio, que vive no Porto, está assim de regresso a Caminha por um pagamento de 1500 euros mensais + IVA. Contratação feita numa altura em que o PS diz que a autarquia caminhense está endividada, estando a braços com um passivo superior a 16 milhões de euros.

 

O presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves, justificou ontem ao executivo, durante a reunião de Câmara, esta contratação, a contratação dos serviços da empresa desta assessora, argumentando que agora a presença na Câmara vai ser diária e não apenas uma vez por semana, como era no tempo do PSD, que também lhe pagava 1500 euros mensais mais IVA, o que corresponde a mais de três salários mínimos nacionais. O presidente da Câmara sublinhou ainda que a presença de Rosa Sampaio nas instalações da autarquia nestes últimos quatro meses e meio fez-se a título exclusivamente voluntário, não tendo sido remunerada por isso. Só agora, com a contratação dos serviços da sua empresa, é que vai poder passar a auferir 1500 euros mensais + IVA pela tarefa de delinear uma estratégia de comunicação e marketing para um município que os socialistas dizem falido e que tem já um gabinete de informação ao munícipe com uma técnica superior de comunicação, com formação superior ao nível da comunicação e do marketing. Ainda até há bem pouco tempo eram duas as técnicas nos quadros da autarquia com estas características, mas uma delas, Ana Lourenço, que fez campanha pelo PSD, acaba de rescindir contrato por livre vontade. Isto segundo o Gabinete de Informação ao Munícipe, que contactou a Rádio Caminha para corrigir esta imprecisão (nos primeiros noticiários do dia avançámos que eram duas as técnicas de comunicação). É de sublinhar que Ana Lourenço surgiu na Câmara de Caminha precisamente para substituir a empresa de Rosa Sampaio.

 

A par da contratação dos serviços da empresa de Rosa Sampaio, o executivo socialista anunciou ainda a nomeação para o gabinete de apoio à presidência e aos vereadores,  duas pessoas com doutoramento; mais uma professora de físico-química e um arquitecto paisagista.

 

Fartos de ouvir a equipa socialista acusar o anterior executivo de ter deixado a Câmara de Caminha endividada, os vereadores do PSD exigiram ao presidente a revelação dos dados contabilísticos da autarquia. O vereador Flamiano Martins justificou este pedido com a necessidade do esclarecimento público sobre a real situação financeira da Câmara Municipal.

 

A reunião da Câmara de Caminha ficou ainda marcada pelo anúncio da candidatura do projecto da marginal a fundos comunitários. O executivo liderado pelo socialista Miguel Alves decidiu aproveitar o ante-projecto deixado pela anterior equipa PSD, e que mereceu duras críticas do PS em campanha eleitoral, desenvolvê-lo num projecto faseado, apresentando a primeira fase a fundos comunitários já em Março. O presidente Miguel Alves justificou ser esta a única forma de aproveitar o financiamento ainda existente.

 

O executivo camarário caminhense, reunido ontem à tarde em encontro ordinário, aprovou por unanimidade uma isenção extraordinária da taxa cobrada aos feirantes que fazem a feira de Caminha. A isenção refere-se a todo o mês de Fevereiro e procura compensar os comerciantes ambulantes pelo mau tempo, que os impediu de realizarem a sua actividade económica.   *Nota de redacção: esta notícia foi editada às 15h15 depois de a técnica do Gabinete de Informação ao Munícipe, Gabriela Lopes, ter contactado a Rádio Caminha para informar que Ana Lourenço já não integra o gabinete de comunicação e que os técnicos para o gabinete de apoio à presidência e aos vereadores foram nomeados “no quadro do que a lei prevê”.

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