Os bombeiros de Vila Praia de Âncora estão a equacionar deixar de colaborar com o INEM. Aquela corporação de voluntários do concelho de Caminha queixa-se que o protocolo estabelecido com o Instituto Nacional de Emergência Médica não dá nem para pagar metade das despesas que a corporação tem com aquele serviço e com a ambulância que trabalha 24 horas por dia, isto numa altura em que a associação vive uma situação financeira complicada. Mensalmente tem despesas fixas de cerca de oito mil euros, mas só consegue encaixar quatro mil euros de receitas, ou seja, apenas metade.
A presidente da direcção dos bombeiros de Vila Praia de Âncora, Laurinda Araújo, queixa-se de não ter resposta por parte do INEM, nem do Ministério da Saúde, aos pedidos constantes de reunião para analisar e reequacionar o protocolo, actualizando-o para valores que permitam aos bombeiros manter o serviço. Um serviço que no vale do Âncora presta socorro a uma população de cerca de 10 mil pessoas e ainda a freguesias do município vizinho de Viana do Castelo.
Sem resposta aos pedidos de reunião, Laurinda Araújo ameaça terminar com o serviço de INEM prestado pelos bombeiros de Vila Praia de Âncora.
A presidente da direcção dos Bombeiros Voluntários de Vila Praia de Âncora explica que o Ministério da Saúde, através do INEM, não lhes paga o suficiente para conseguirem ter em funcionamento a ambulância do Instituto Nacional de Emergência Médica, apelando às outras corporações de voluntários para que se unem e reivindiquem a uma só voz a revisão dos valores pagos às corporações de bombeiros por aquele serviço de emergência, que só no vale do Âncora presta apoio a uma população de cerca de 10 mil pessoas.