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Segunda-feira, 16 Junho, 2025
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Vila Nova de Cerveira: Convívio em Newark angaria donativo para ULC e marca início de geminação com Cerveira

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Após 10 anos de interregno, a comunidade cerveirense em Newark, EUA, reuniu-se, no passado domingo, com o objetivo de angariar verbas para apoiar a aquisição de um camião de combate a incêndios, mais moderno e com maior capacidade de água (4000 litros), para a ULC – Unidade Local de Covas. Presente no evento, o Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, Rui Teixeira, veio ainda com a garantia de um acordo, através do City Hall de Newark, para um futuro processo de geminação entre o município e a cidade.

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O convívio anual dos ‘Amigos de Cerveira em Newark’ juntou cerca de 350 convivas, no Sport Club Português de Newark, e angariou cerca de 25 mil euros para a Unidade Local de Covas aumentar a sua frota de combate a incêndios florestais, o correspondente a metade do investimento necessário para a viatura identificada (cerca de 50 mil euros).

Na presença da Vice-Prefeita de Newark, Lígia de Freitas, e do Vereador Michael Silva, o autarca cerveirense, Rui Teixeira, que se fez acompanhar pelo Presidente da Junta de Covas, André Araújo, freguesia na qual está sedeada a entidade beneficiada, relembrou com orgulho os impulsionadores históricos deste convívio: João Loureiro (falecido em 2020) e Mô, que deixaram um legado ímpar de ligação à terra natal; agradeceu à comunidade cerveirense e aos amigos de Cerveira por toda a generosidade e espírito de solidariedade; e felicitou as novas gerações pela continuidade deste projeto social de grande louvor.

Ainda durante o convívio, Rui Teixeira mostrou-se muito satisfeito com o futuro desta ligação Cerveira/Newark, que poderá vir a ser formalizada através de um processo de geminação, muito ambicionado pela comunidade cerveirense em Newark, e já aceite informalmente pela City Hall de Newark.

Durante a visita, Rui Teixeira foi ainda distinguido com um certificado de reconhecimento pelo Serviço e Relações Internacionais e Assuntos da Diáspora, e homenageado com um diploma de elogio pelo seu percurso profissional, atribuído pelo Conselho Municipal de Newark. Para além disso, foi recebido na City Hall of Newark, pela Vice-Prefeita de Newark, Lígia de Freitas, e convidado a assinar o Livro de Honra do Sport Club Português, juntando-se a um grupo restrito de personalidades de referência.

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O encontro da comunidade cerveirense em Newark foi reativado por Helena Castro, filha de um dos impulsionadores, o cerveirense Mô, com o apoio de Victor Santos, de José Barreira da Freguesia de Sopo, e de Judite Silva, também natural de Sopo, e Presidente do Rancho Dança na Eira, que atuou durante o evento, contando ainda com a colaboração de Jack Couto, Presidente do Sport Club Português.

O convívio de Newark é uma tradição com mais de três décadas, considerada uma das mais relevantes ações de angariação de fundos da comunidade cerveirense naquela cidade. Ao longo dos anos, permitiu canalizar mais de meio milhão de dólares em apoio direto (numerário e equipamentos) a instituições e projetos em Vila Nova de Cerveira.

Sobe a ULC – Unidade Local de Covas

A Associação de Defesa do Património Florestal – ULC – Unidade Local de Covas, fundada em 2010, com o apoio da Junta de Freguesia de Covas e da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, tem como principal objetivo a defesa do património natural, florestal e ambiental, da freguesia de Covas, das freguesias limítrofes e do concelho, concretamente na defesa da floresta contra incêndios; na vigilância da floresta, particularmente em períodos críticos (junho a outubro); no apoio à Proteção Civil na defesa de pessoas e bens, estando integrada no respetivo dispositivo Municipal e Distrital.

Constituída por cerca de 15 voluntários, a atuação desta equipa incide principalmente na primeira intervenção a nível de incêndios e apoio às forças no terreno, quer no combate quer no rescaldo.

Caminha: Local escolhido para instalar o Museu do Festival não é consensual

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Museu Festival

O executivo caminhense aprovou ontem por maioria, com a abstenção dos vereadores da Coligação O Concelho em Primeiro (OCP), o protocolo de cedência de instalações entre a Junta de Freguesia de Vilar de Mouros e a Câmara de Caminha para a criação do Museu do Festival.

A criação deste Museu foi anunciada pelo presidente da Câmara no passado dia 28 de maio, na conferência de imprensa realizada em Vilar de Mouros para apresentação do cartaz da edição 2024 do Festival que se realiza em agosto.

O protocolo ontem aprovado, prevê a cedência do prédio, conhecido como “Casa do Barrocas”, pelo prazo de 20 anos, renovável automaticamente, no fim do prazo, por períodos de um ano se não for denunciado por qualquer das partes com a antecedência mínima de 3 meses.

Embora concordando com a criação do Museu, de resto uma das promessas que integra o manifesto eleitoral da Coligação OCP, os vereadores da oposição optaram pela abstenção por não concordarem com o local escolhido para a sua instalação. Segundo Liliana Silva o Museu deve sim ser criado, mas no Largo do Casal que segundo a eleita tem de ser requalificado para o efeito. A vereadora lamentou ainda que a Junta de Freguesia ainda não tenha recebido da empresa responsável pela organização do evento, uma verba no valor de 37.500 euros referente às edições de 2022, 2023 e 2024.

Rui Lages 4 Jun 2025

O presidente da Câmara, Rui Lages, explicou que a criação do Museu do Festival de Vilar de Mouros é um velho anseio da população local e uma promessa eleitoral que se arrasta há alguns anos mas que segundo o autarca agora vai avançar prevendo-se que o mesmo possa estar concluído em 2026.

 

Liliana Silva 4 Jun 2025

Relativamente à criação do Museu, Liliana Silva começou por dizer que lamentava o facto da Junta de Freguesia ainda não ter recebido por parte da empresa organizadora do Festival uma verba no valor de 37.500 euros que segundo a eleita era muito importante para a freguesia poder fazer mais investimento, nomeadamente no Largo do Casal onde se realiza o Festival.

 

Quanto à proposta apresentada pela Câmara, que a vereadora da oposição considerou ser ainda “um embrião”, Liliana Silva anunciou que se iria abster por não concordar com a escolha do local para instalar o Museu, na denominada “Casa do Barrocas”. Segundo a eleita, nesse edifício deveria nascer sim um Centro de Dia e uma Casa da Comunidade como de resto estava previsto inicialmente.

 

Relativamente à verba em dívida por parte da empresa organizadora do Festival, Rui Lages disse não ter conhecimento da situação e por isso mesmo não se iria pronunciar. Quanto ao protocolo propriamente dito reiterou que o mesmo constitui “uma mais valia” para o concelho e para a freguesia de Vilar de Mouros e que a criação do museu cumpre aquela que foi uma promessa eleitoral do Partido Socialista em 2021.

 

Ao contrário de Liliana Silva, Rui Lages garante que a criação do Museu não está em fase de “embrião” uma vez que já há “muito trabalho feito” quer no edifício, quer no espólio que conta a história dos 60 anos do mítico Festival.

 

Liliana Silva fez ainda questão de esclarecer que o trabalho desenvolvido até agora em prol da criação do Museu do Festival não é da Câmara, mas sim da Junta de Freguesia de Vilar de Mouros, algo que também foi confirmado pelo presidente da Câmara.

 

Protocolo de cedência de instalações entre a Junta de Freguesia de Vilar de Mouros e a Câmara de Caminha para a criação do Museu do Festival aprovado com a abstenção da oposição.

Viana do Castelo: Utente agride médica e enfermeira nas urgências

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Urgencia Hospital Viana

Um homem de 58 anos, que deu entrada na madrugada de terça-feira, no serviço de urgência do hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo, agrediu uma médica e uma enfermeira, revelou hoje fonte hospitalar.

Contactada pela agência Lusa, a fonte da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) adiantou que o homem “foi sedado” quando deu entrada no hospital, “por apresentar um comportamento agressivo, enquanto aguardava para ser observado por psiquiatria”.

“O homem acordou e começou por agredir a enfermeira, arrastando-a pelos cabelos. A médica veio em auxílio da enfermeira, que ficou abalada com a violência proferida pelo utente e, acabou também agredida com um murro no rosto que lhe fraturou a cana do nariz”, especificou.

O homem, de Ponte da Barca, foi imobilizado pela segurança do hospital.

O caso ocorreu na terça-feira cerca das 05:40.

Fonte da PSP contactada pela Lusa referiu que as duas profissionais de saúde formalizaram queixa. O caso foi participado ao Ministério Público, sendo que o homem vai responder por crime público.

Lusa

Monção: Polo industrial de Vale do Mouro com investimento de 1,2 ME e 12 lotes

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O polo industrial de Vale do Mouro, em Monção, tem 6,3 hectares, 12 lotes e representa um investimento de cerca de 1,2 milhões de euros, revelou hoje a autarquia.

Em comunicado, aquele município do distrito de Viana do Castelo observa que a obra, em “fase de execução”, vai permitir “o alargamento da capacidade do concelho para a disponibilização de terrenos infraestruturados, dinamizando a região do Vale do Mouro através da atração e fixação de novas empresas”.

Situada em Messegães, a nova área de acolhimento empresarial ocupa 6,3 hectares e inclui “uma área infraestruturada de 4,2 hectares, destinada a 12 lotes industriais e 1 para serviços partilhados”.

A obra foi adjudicada por cerca de 1,2 milhões de euros e o investimento é comparticipado pelo Programa de Apoio à Localização de Empresas de Baixa Densidade (Norte 2020).

“O ordenamento inteligente e coerente, com fácil e adequada articulação dos espaços, concede ao empreendimento uma configuração de elevada qualidade e flexibilidade, ajustada às necessidades empresariais e à competitividade das pequenas e médias empresas”, descreve a autarquia.

A câmara indica também que a zona industrial será “dotada de serviços agregadores e potenciadores de simbiose industrial e economia circular”, revelando-se “atrativo à captação de investimento, quer pelas condições de funcionalidade apresentadas, quer pela proximidade geográfica à Galiza”.

Lusa

Valença: Milhanas, Fillas de Cassandra e Jazz de Matosinhos em festival transfronteiriço

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Ikfem

Milhanas, Fillas de Cassandra, Rita Rocha e a Orquestra Jazz de Matosinhos são alguns dos nomes do cartaz do IKFEM Festival Tui-Valença, que se realiza entre 16 e 20 de julho, foi hoje divulgado.

Antonio Orozco, James Rhodes e Perico Sambeat estão também confirmados na 13.ª edição do encontro cultural transfronteiriço que apresenta espetáculos na Alameda de Tui, na Galiza, Espanha, e na Fortaleza de Valença, no distrito de Viana do Castelo, indicou a organização em comunicado.

Entre as novidades deste ano está o concurso musical Novas Ondas Sonoras, “que distingue jovens talentos da Galiza e do Norte de Portugal com um troféu e um prémio de 1.000 euros” e tem por objetivo “fomentar, descobrir e dar visibilidade ao talento de jovens intérpretes da Eurorregião Galiza – Norte de Portugal”.

O concurso está aberto a participantes da Galiza e do Norte de Portugal com idades entre os 12 e os 30 anos, e quer “premiar a criatividade, a técnica e a expressividade que representem a diversidade cultural e artística desta região comum”.

Após o período de inscrições, que termina no dia 22, um júri vai selecionar cinco finalistas, sendo o sexto escolhido pelo público através de uma votação nas redes sociais.

Os finalistas atuam na final agendada para 19 de julho, na Alameda de Tui (11:00).

O grupo ou solista vencedor recebe um troféu e um prémio de 1.000 euros, contabilizado como honorários por um concerto no IKFEM Festival Tui-Valença 2026.

Quanto aos espetáculos, começam no dia 16 pelas 21:30 na Fortaleza de Valença, com Antonio Orozco, “um dos artistas mais destacados da música espanhola, com mais de 1,5 milhões de discos vendidos e 2.500 concertos realizados pelo mundo”, e Rita Rocha, “uma das vozes mais promissoras da música nacional”.

A gala solidária terá a participação do grupo musical CaixaSon, “um projeto pioneiro de inclusão musical entre Espanha e Portugal que acolhe a diversidade como um valor para a sociedade, demonstrando como a música é uma poderosa linguagem universal que ultrapassa fronteiras”.

Milhanas com a participação especial de Fillas de Cassandra, um duo revelação da cena musical galega, apresentam-se na Fortaleza de Valença no dia 17 às 21:30.

No dia 18, às 21:30, na Alameda de Tui, é a vez de James Rhodes, um “pianista e escritor britânico radicado em Espanha, transforma concertos clássicos em experiências inclusivas e próximas, conectando o público à música de grandes compositores como Chopin, Brahms e Rachmaninov”.

No dia 19 às 19:30 a Alameda de Tui acolhe I Love Rock and Rol, “um concerto familiar e educativo com os maiores êxitos do rock mundial”, passando pelos Beatles, Led Zeppelin, AC/DC, Guns & Roses, Metallica, Iron Maiden ou Nirvana.

A Fortaleza de Valença recebe, no dia 20 às 21:30, o saxofonista espanhol Perico Sambeat junta-se à Orquestra Jazz de Matosinhos para apresentar o novo álbum Boreal.

Outra das novidades vai ser o curso sobre metodologia musical inclusiva (dias 17 e 18, 09:00, Espaço Sociocultural Camilo José Cela, Tui), ministrado por Francisco Borro, “uma referência na área da inclusão e atenção à diversidade no ensino da música”.

De acordo com a organização, “os diálogos com os artistas serão outro dos grandes atrativos do IKFEM de 2025”, sendo que a iniciativa acontecerá com Milhanas com Fillas de Cassandra (dia 17, Valença, 18:30), James Rhodes (dia 18, Tui, 19:30, hora espanhola) e Perico Sambeat com a Orquestra Jazz de Matosinhos (dia 20, Valença, 18:30).

“Neste ciclo de conversas, os artistas que integram o festival vão partilhar a sua visão da arte, as suas histórias pessoais e a sua ligação a Espanha e Portugal. Falar-se-á de música, criatividade e inspiração, mas também do valor dos projetos que ultrapassam fronteiras e de como a arte pode ser uma ponte entre realidades distintas”, descreve a organização.

Lusa

Arcos de Valdevez: Garantidos mais de 1,3ME para conservação de Santuário

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A Confraria de Nossa Senhora da Peneda viu ser aprovada uma comparticipação superior a 1,3 milhões de euros para a valorização e conservação do Santuário erguido em Arcos de Valdevez em honra de Nossa Senhora das Neves.

Em nota hoje enviada à agência Lusa, a Diocese de Viana do Castelo adiantou que, com a aprovação da candidatura submetida a fundos comunitários ao abrigo do programa Rotas do Norte, a intervenção no Santuário de Nossa Senhora da Peneda, classificado como Monumento Nacional (MN)tem “assegurado um cofinanciamento de 80% [ 1.337. 805 euros] do valor total do investimento orçado em 1.672.257,40 euros.

A empreitada, executada com o apoio técnico da Câmara de Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo, prevê a realização de “obras de conservação e restauro do Escadório das Virtudes, do Templo, de requalificação do adro e dos equipamentos de apoio ao culto e à circulação neste espaço”.

“Serão também criadas condições de interpretação e de visita ao Santuário de Nossa Senhora da Peneda, com sinalética informativa e interpretativa, um filme interpretativo e promocional e, um site e aplicação de vista digital”, refere a nota.

O Santuário de Nossa Senhora da Peneda, integrado na área do Parque Nacional de Peneda-Gerês (PNPG), “foi erguido entre finais do século XVIII e o terceiro quartel de Novecentos, na continuidade do culto a Nossa Senhora das Neves documentado no local desde o século XIII, em espaços sucessivamente ampliados”.

O conjunto “é composto pela igreja neoclássica, pelo edificado do antigo albergue de peregrinos, e por uma sucessão de escadarias e largos que antecedem a alameda arborizada desenvolvida ao longo do vale, em cenográfica implantação, ritmada por 20 capelas evocadoras da Paixão de Cristo”.

A “Via Sacra, de conceção barroca e disposição original posteriormente alterada, data de uma campanha anterior ao templo, que veio substituir um edifício de menores dimensões localizado no atual Terreiro dos Evangelistas”.

O decreto da classificação do Santuário, publicado no Diário da República em outubro de 2023, refere que, “embora com menor escala e riqueza decorativa, este sacro monte de evocação Mariana revela a influência direta do Santuário do Bom Jesus do Monte, com destaque para o Escadório das Virtudes, com patamares ornados por fontes e estatuária concebida pelo escultor Francisco Luís Barreiros, ainda segundo os modelos do Bom Jesus”.

O Santuário de Nossa Senhora da Peneda “constitui, ainda, um importante exemplo de santuário de montanha, com excecional enquadramento na paisagem, permanecendo igualmente como centro de uma das maiores e mais antigas romarias do Alto Minho, congregadora das tradições e devoção das populações locais”.

A classificação do Santuário de Nossa Senhora da Peneda, incluindo o património móvel integrado, reflete “o caráter matricial do bem, o interesse como testemunho simbólico ou religioso, o interesse com testemunho notável de vivências ou factos históricos, o valor estético, técnico e material intrínseco, a conceção arquitetónica, urbanística e paisagística e, o que nela se reflete do ponto de vista da memória coletiva”.

No âmbito da instrução do procedimento de classificação, “a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) procedeu ao estudo das restrições consideradas adequadas, em articulação com a Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) e a Câmara de Arcos de Valdevez, as quais são fixadas por portaria do membro do Governo responsável pela área da cultura”.

O processo de classificação do Santuário foi iniciado em 2020, pela Câmara de Arcos de Valdevez e pela Confraria de Nossa Senhora da Peneda, proprietária do templo, sendo que no ano seguinte, a DGPC abriu o procedimento de classificação nacional.

O templo foi elevado a Santuário em abril 2020, por decreto do então bispo da Diocese de Viana do Castelo, Anacleto Oliveira.

A Diocese justificou o reconhecimento como santuário por se tratar de “um dos monumentos marianos mais notáveis” do distrito de Viana do Castelo e “pela sua antiguidade, dos mais venerados em todo o Alto Minho, estendendo-se o seu prestígio e influência à vizinha região autónoma da Galiza, em Espanha”.

ABC // LIL

Lusa/Fim

Um Caminho para Caminha: Transparência Municipal – Reuniões da Câmara sempre abertas aos Cidadãos

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“…Al andar se hace camino
Y al volver la vista atrás
Se ve la senda que nunca
Se ha de volver a pisar
Caminante no hay camino,
sino estelas en la mar…”

António Machado Ruiz, Cantares

Um Caminho para Caminha
9. TRANSPARÊNCIA MUNICIPAL
Reuniões da Câmara sempre abertas aos Cidadãos

Comecemos pelas designações porque, ainda que na própria legislação assim conste, chamar PÚBLICO aos cidadãos eleitores, em contraponto com os cidadãos eleitos, é quanto a mim revelador do que a política não deve ser: espetáculo.

Público é aquele que assiste, gosta ou não gosta, mas não tem direito a intervir. Ora todos os cidadãos, eleitores como os eleitos, têm direito a intervir, os direitos dos cidadãos não caducam no dia em que votam, é permanente e universal.

Dito isto, um Novo Caminho para Caminha, tem que contar com a total transparência municipal e esta começa por fazer de portas abertas tudo o que à governação do Município diz respeito.

Reuniões da Câmara sempre abertas à presença de cidadãos tem várias vantagens:

  1. Todos podem ver e ouvir em primeira mão os argumentos, as atitudes, o comportamento, a cara, as mãos e os olhares dos responsáveis políticos quando discutem qualquer assunto;

  2. Deixa de depender exclusivamente da comunicação social o que se torna público e como é apresentado;

  3. Obriga os responsáveis políticos a estarem preparados para responder a dúvidas e questões que os cidadãos, todos os cidadãos e não apenas os eleitos, possam querer colocar;

  4. O silêncio, as faltas de resposta, as insinuações, a impreparação de uns e a preparação de outros, serão expostas sem filtros nem panaceias;

Quem não deve não teme, quem é verdadeiro diz em público o que diz em privado. Jogos políticos de bastidores e silêncios comprometedores verão a luz do dia.

Carlos Novais de Araújo
2 de Junho de 2025

Ponte de Lima: Touro com mais de meia tonelada na “Vaca das Cordas”

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Foto: Associação Defensores da Tradicional Vaca das Cordas Ponte de Lima

A Associação Amigos da Vaca das Cordas, Ponte de Lima comprou, por cinco mil euros, um touro, com mais de meia tonelada, para cumprir uma tradição secular, na véspera do feriado do Corpo de Deus, foi hoje divulgado.

Contactado pela agência Lusa, o presidente daquela associação, Aníbal Varela, revelou que o touro, comprado na ganadaria Santos Silva, em Montemor-o-Velho, no distrito de Coimbra, vai chegar a Ponte de Lima, no distrito de Viana do Castelo, no dia 17 para ser colocado nas instalações da Expolima.

No dia 18, será transportado daquele local para a casa do Conde d’ Aurora de onde sairá, pelas 18:00, para as ruas da vila para cumprir uma manifestação que se encontra em fase de classificação como Património Cultural Imaterial.

Em fevereiro último, Instituto do Património Cultural iniciou a consulta pública da classificação, prevendo-se uma decisão no prazo de 120 dias após a conclusão daquela auscultação.

Apesar do nome “Vaca das Cordas”, o protagonista da tradição é um touro, que depois de “corrido” é vendido a um talho de Ponte de Lima para ser vendida a carne.

A manifestação, que se realiza sempre na véspera do feriado do Corpo de Deus, começa às 18:00, quando o animal é conduzido, a partir da Casa Conde d’Aurora, por cerca de dezena e meia de pessoas, preso por duas cordas, até à Igreja Matriz.

Aí é preso à janela de ferro da Torre dos Sinos, sendo-lhe dado um banho de vinho tinto da região, “lombo abaixo, para refrescar e retemperar forças”, conforme reza o costume local.

Dá depois três voltas à igreja, sempre com percalços e muitos trambolhões à mistura dos populares que ousam enfrentá-lo, após o que é levado para o extenso areal da vila, dando lugar a peripécias, com corridas, sustos, nódoas negras e trambolhões e até pegas de caras amadoras.

“É no areal que os mais valentes de aventuram a fazer umas pegas”, observou Aníbal Varela, o presidente da associação que organiza o ritual.

Nas ruas do centro histórico irá cumprir-se, madrugada dentro, a confeção dos tapetes floridos, por onde irá passar a procissão do Corpo de Deus.

A mais antiga referência que se conhece da “Vaca das Cordas” remonta a 1646, quando um código de posturas obrigava os moleiros do concelho (ministros de função) a conduzir, presa por cordas, uma vaca brava, sob condenação de 200 reis pagos na cadeia.

Mais tarde, segundo o Código de Posturas de 1720, a pena agravava-se para 480 réis. Diz a lenda que a Igreja Matriz, da primitiva vila, era um templo pagão dedicado a uma deusa, simbolizada por uma vaca.

Posteriormente, este templo foi transformado em igreja pelos cristãos que retiraram do seu nicho a imagem da “deusa vaca” e com ela deram três voltas à igreja, após o que a arrastaram pelas ruas da vila.

Daí virá o costume da “Vaca das Cordas”, um ritual que foi interrompido em 1881 pela vereação, tendo reaparecido por volta de 1922, para não mais deixar de se realizar apesar de nos últimos anos ser contestada por organizações e ativistas defensores dos direitos dos animais.

LUSA