O Partido Socialista de Caminha apresentou esta tarde no Parque da Barrosa, em Vila Praia de Âncora, os candidatos à Câmara, Assembleia Municipal e Assembleia de Freguesia às nas próximas eleições autárquicas de setembro.
Miguel Alves, cabeça de lista à Câmara de Caminha, começou por saudar e agradecer às cerca de 400 pessoas que aceitaram fazer parte das listas, sublinhando que o PS nunca teve listas tão vastas, “o que é um bom sinal, é sinal que estamos a crescer”, disse.
O candidato socialista não escondeu o orgulho nos candidatos, “gente da terra, gente da minha terra. Temos grandes pessoas, grandes lideranças e juntos vamos fazer um grande trabalho nos próximos 4 anos”, assegurou.
Prosseguindo nos agradecimentos, Miguel Alves não esqueceu os vereadores que nos últimos 8 anos com ele fizeram equipa na Câmara de Caminha, nomeadamente o vereador Rui Teixeira, Ana São João, Guilherme Lagido, Rui Lages e Liliana Ribeiro.
Dirigindo-se depois a Tiago Brandão Rodrigues que fez questão de marcar presença nesta apresentação, o candidato do PS elogiou o seu percurso e enumerou o “muito trabalho” feito pelo ministro no concelho de Caminha, tanto ao nível do desporto como da educação.
Terminados os agradecimentos, o candidato socialista lembrou a sua chegada à Câmara de Caminha em 2013 e a “herança pesada” que herdou.
“Herdamos uma Câmara com muitas dificuldades, com muitas dividas, com milhares de faturas por registar, processos judiciais, fábricas e empresas a fechar, com uma enorme taxa de desemprego. Um concelho sem prestígio e a definhar”.
2019 foi segundo o candidato o ponto de viragem. “Em 2019 demos a volta, equilibramos as contas, baixamos os números do desemprego e fizemos obra”.
Depois de enumerar “as muitas obras” levadas a cabo no concelho e de considerar que “muito foi feito”, Miguel Alves não tem dúvidas que há muito mais para fazer. “É por isso que me apresento a um novo mandato”.
Garantindo que não promete nada que não tenha a convicção que vai cumprir, o cabeça de lista do PS à Câmara de Caminha deixou claro que não pede o voto pelo que fez, mas sim pelo que quer fazer.
A criação de um Centro de Ciência e Tecnologia e de uma Zona Industrial entre Argela e Vilar de Mouros, num investimento de cerca de 80 milhões de euros foi o primeiro compromisso assumido por Miguel Alves para os próximos 4 anos.
“O meu primeiro compromisso é a criação de um Centro de Ciência e Tecnologia no solo industrial de Argela e Vilar de Mouros. Vamos criar uma zona industrial que terá como base indústrias de desenvolvimento e produção automóvel e a criação de um centro de formação profissional num consócio que junta a Volkswagen, a Bosch e a Siemens e uma aceleradora de empresas, num investimento de 80 milhões de euros através de um fundo de capital de risco para a internacionalização que vai percorrer e criar 12 hectares industriais em Argela e Vilar de Mouros”, avançou.
A criação no concelho até 2026, de 47 habitações a custos controlados, num investimento de 4,5 milhões de euros foi o segundo compromisso assumido pelo candidato do PS.
“É preciso fazer mais trabalho para que a habitação seja mais acessível no nosso concelho porque ou é muito cara ou não existe. Assim sendo, o que vamos fazer nos próximos anos é um investimento de 4,5 milhões de euros para reabilitar ou construir 47 habitações até 2026. Pensamos alavancar com este investimento 16 milhões de euros de investimento privado de modo a podermos ter habitação a custos acessíveis para que os nossos jovens possam não só trabalhar mas também viver no concelho”.
Por fim ficou a promessa de uma maior atenção e proteção do meio Ambiente e da Biodiversidade.
Para além destes compromissos Miguel Alves diz existirem outros que irão ser anunciados em breve. “Este é apenas o início do nosso programa eleitoral, há um projeto global que iremos anunciar”.
Num discurso de quase 40 minutos, Miguel Alves não esqueceu os tempos difíceis da Pandemia que atingiu muitas famílias do concelho que se viram confrontadas com a perda de amigos e familiares. “Foi o momento mais difícil da minha vida”, afirmou.
O candidato socialista terminou sublinhando que esta vai ser uma campanha “muito difícil, com muitas criticas e muitos ataques. Uma campanha que vai exigir muito de todos nós para levarmos a cada uma das pessoas do concelho de Caminha as nossas ideias e o nosso projeto”, disse.