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Quarta-feira, 9 Outubro, 2024
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Autarquias de Caminha e La Guardia ameaçam parar ferry

A ameaça é feita pelos autarcas das duas margens da foz do rio Minho. Miguel Alves, de Caminha, e José Manuel Freitas, de La Guardia, estiveram reunidos esta manhã pela segunda vez no espaço de apenas dois meses, tendo como tema principal do encontro a navegabilidade do ferry-boat que liga as duas vilas. Os autarcas culpam os Governos de Portugal e de Espanha de não dar qualquer importância àquela ligação fluvial e, por isso, de não investir na sua manutenção, apesar dos esforços das autarquias.

Assim, se os governos de Lisboa e Madrid não realizarem uma intervenção rápida e eficaz, os autarcas prometem terminar definitivamente uma ligação internacional que funciona há quase 20 anos, mas neste momento faz apenas 50 por cento das ligações previstas devido ao assoreamento do canal de navegação.

O encontro serviu também para tentar resolver problemas antigos, como a dívida de 2,6 milhões de euros que La Guardia tem com Caminha relativa aos custos de funcionamento, durante seis anos, do ferry-boat. Por agora, ficou acordado que já no final de Maio os galegos vão transferir mais de 47 mil euros para Caminha correspondentes à bilheteira, para ajudar a abater à dívida. E ainda este ano, La Guardia vai transferir também para Caminha toda a verba correspondente aos bilhetes cobrados em 2011.

Relativamente à dívida anterior a 2006, não há acordo, pelo que o caso deverá voltar a tribunal para ser resolvido pelas instâncias judiciais. É o que diz agora o autarca de Caminha, Miguel Alves, tal como já defendia o anterior executivo camarário liderado pelo PSD e por Júlia Paula Costa, que pôs o caso em tribunal e que o socialista Miguel Alves acabaria por retirar com fortes críticas à decisão dos anteriores autarcas.

O Alcaide de La Guardia, José Manuel Freitas, explica que aquele município galego não pode, por enquanto, pagar qualquer dívida porque a autarquia está sem tesoureiro e, por isso, não pode fazer pagamentos. O autarca reconhece que o ferry está a funcionar com grandes dificuldades e pede, por isso, desculpas antecipadas a quem vier passar a Semana Santa a Caminha e La Guardia, que fica sem ligação directa.

 

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