Paula Aldeia, líder da bancada socialista na AM, acusou o governo “de não ter aberto, como prometeu, os avisos para a candidatura de requalificação da escola EB/S do Vale do Âncora. A deputada respondia assim à munícipe Patrícia Moreira na última AM deste mandato, que já foi pela quarta vez àquele órgão reivindicar as obras de requalificação, a substituição de material informático obsoleto e a falta de instalações desportivas.
Liliana Silva, candidata à Câmara Municipal de Caminha pela Coligação O Concelho em Primeiro (OCP) reagiu no dia seguinte numa ação de campanha na Casa do Povo em Lanhelas, acusando a líder da bancada do PS de dizer “uma mentira gravíssima”, garantindo que o governo abriu os procedimentos para as candidaturas e que as obras de requalificação foram realizadas em 22 escolas noutros municípios do Alto Minho, num investimento total de 130 milhões de euros, e Caminha, mais uma vez, ficou de fora.
A primeira questão prendeu-se com o calendário das obras de requalificação do edifício escolar, se o concurso já tinha sido lançado e se o projeto de requalificação contemplava as necessidades que teve oportunidade de expor nas várias reuniões em que marcou presença.
A inexistência de computadores suficientes para todos os alunos e os existentes estarem obsoletos, e foi outra das situações que a munícipe Patrícia Moreira voltou a referir.
Outra das situações prendeu-se com a falta de instalações desportivas daquele estabelecimento de ensino e a necessidade de se construir no recinto da escola um pavilhão desportivo adequado à prática de educação física que neste momento decorrem no pavilhão desportivo municipal.
O pagamento de refeições em atraso dos alunos do 1º ciclo foi outra situação elencada pela munícipe que alertou para o facto da última fatura emitida datar de setembro de 2024. “Um atraso que pode causar dificuldades financeiras às famílias”, alertou.
Contribuir para a melhoria das condições dos alunos dos professores foi, segundo a representante dos encarregados de educação, a razão de mais uma vez se ter deslocado à Assembleia Municipal.
Paula Aldeia, líder da bancada socialista, pediu a palavra para intervir sobre as questões deixadas pela munícipe Patrícia Moreira sobre a Escola Básica e Secundária do Vale do Âncora, lembrando que a munícipe também é tesoureira da Junta de Freguesia de Vila Praia de Âncora.
A deputada socialista disse partilhar das preocupações relativas à escola no entanto considerou que o problema dos equipamentos informáticos não eram responsabilidade da Câmara mas sim do Agrupamento.
Já quanto às obras do edifício escolar, a deputada Paula Aldeia lamentou que o Governo, ao contrário daquilo que prometeu, não tivesse aberto os avisos para as candidaturas de requalificação da escola, cujo projeto, sublinhou, “está pronto”.
“É uma mentira gravíssima dizer que o Governo não abriu candidaturas para requalificação das escolas”, acusa Liliana Silva
Presente na Assembleia mas sem poder usar da palavra, a vereadora da Coligação O Concelho em Primeiro, Liliana Silva, aproveitou uma ação de campanha da sua candidatura à Câmara realizada no passado fim-de-semana em Lanhelas, para se referir a este assunto discutido na AM.
Referindo-se concretamente à intervenção da deputada Paula Aldeia, que acusou o Governo de não abrir candidaturas para requalificação das escolas, Liliana Silva disse que não era verdade lembrando que só na zona norte tinham sido requalificadas 22 escolas num investimento de 130 milhões de euros. “Caminha também inscreveu duas escolas, a de Caminha e Vila Praia de Âncora, mas recebeu zero”.
A candidata da OCP lamentou que o PS não tenha explicado na AM porque é que Caminha ficou de fora e se tenham limitado “a dizer uma mentira gravíssima”.
Relacionado ainda com os concursos para requalificação das escolas, Liliana Silva lembrou também a proposta levada à reunião de Câmara pelo executivo para Requalificação da Escola EB1/JI de Caminha, proposta que depois de aprovada pela maioria socialista teve de voltar a reunião do executivo para ser revogada por falta de documentação. Recorde-se que na reunião onde as propostas foram apresentadas para serem aprovadas, os vereadores da oposição votaram contra por considerarem que as mesmas não vinham acompanhadas de toda a documentação. Para Liliana Silva “isto é má gestão municipal”, disse.
Liliana Silva a criticar a gestão municipal do atual executivo socialista.
